REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Resinas para argamassas
oferecem, é feita apenas a adição de água na obra, conforme
recomendações do fabricante, permitindo que a mistura ocorra
de forma manual, em betoneiras ou em
centrais de mistura, dispensando espa-
ços antes destinados a estocagens de ci-
mento e areia, com medidas e dosagens
sem precisão. Argamassas projetadas e
autonivelantes também são indicações
da evolução e ganhos de produtividade.”
Na opinião de Viviane Stivaletti, do
departamento técnico de construção da
D’Altomare, a qualidade das argamas-
sas tem sido cada vez melhor, e as novas
tecnologias em resinas têm contribuído
para isso, bem como a utilização de si-
licones para melhorar características de
hidrorrepelência e adesão. “O mercado
deve seguir buscando argamassas com
maior qualidade, consequentemente,
com maior durabilidade e vida útil, além
de outras características desejadas, como
resistência à água e melhor adesão a diferentes superfícies e
substratos.”
Wanderley Pfefferkorn, gerente de contas do Grupo Rust&
Resinar, destaca também as resinas específicas para preparação
de argamassas que suportam diretamente diversos ácidos, prin-
cipalmente ácido sulfúrico concentrado, muito utilizado nas in-
dústrias. “É importante destacar o processo de endurecimento
e cura do sistema para que, quando utilizado em reparos ou
manutenção, a indústria retome rapidamente as atividades.”
Por sua vez, Dias, da Wacker, observa que o mercado mun-
dial de argamassas reconhece a tecnologia do VAE (por uma má
interpretação do mercado, se popularizou como EVA no Brasil)
como a melhor tecnologia de polímeros para a modificação de
argamassas. VAE (do inglês, copolymer of vinyl acetate with
ethylene) significa copolímero de acetato de vinila com etile-
no. “Quimicamente, ao iniciar-se com acetato de vinila significa
que o polímero é mais rico em acetato de vinila que em etileno,
portanto, EVA não faz sentido. Essa tecnologia representa mais
de 70% do mercado mundial de polímeros para argamassa e
vem crescendo. Esse reconhecimento é que faz nossa área de
P&D focar nessa tecnologia. Dentro do nosso catálogo de pro-
dutos temos seis linhas comerciais: a linha N de reologia neu-
tra, T de reologia tixotrópica, L de apoio a superplastificantes, F
de reologia fluida, H de hidrofobicidade, e a mais recente linha
E, lançada no Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Argamassas
(SBTA) de 2011, que são polímeros com propriedades melhora-
das (mais aderência, mais resistência à agua etc.). Entendemos
que essas propriedades respondem às necessidades dos nossos
clientes hoje e nos próximos dez anos. Buscaremos, portanto,
inovar dentro da tecnologia de VAE com a melhoria contínua
do que identificamos como tendências dos polímeros no longo
prazo”, conclui Dias.
Vanessa Grossi, gerente de marketing
da Dow ConstructionChemicals para a
América Latina: “Durante um dia normal,
a variação de temperatura a que uma
fachada pode ser submetida chega até
50°C, e uma argamassa aditivada com
resina se faz necessária para garantir à
argamassa a flexibilidade para absorver
essa variação de temperatura e não gerar
falhas na aplicação, como, por exemplo, o
descolamento da cerâmica”
Antonio Carlos Mucchiani, do departamento de Especialidades
Químicas da Tanquímica