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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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tecnologia
BASF participa da elaboração de Concreto
Autoadensável desenvolvido com cinza do
bagaço da cana de açúcar
Empresacolaboraeminovaçãotecnológicaparaaconstruçãocivilapresentada
noProgramadePós-graduaçãoemEngenhariaUrbanadaUniversidadeEstadual
de Maringá (UEM)
A área de químicos para construção da BASF contribuiu para o projeto
Concreto Autoadensável com cinza do bagaço da cana de açúcar, que ga-
nhou o 1º lugar na “5ª edição do Prêmio Caixa de Projetos Inovadores com
Aplicabilidade na Indústria Metalúrgica, Mecânica, Eletrônica, Materiais
Elétricos e Construção Civil”. O projeto foi elaborado pelo professor mestre
Rafael Germano Dal Molin Filho, em sua pesquisa de mestrado no progra-
ma de pós-graduação em Engenharia Urbana (PEU) da UEM.
Nesta pesquisa foi desenvolvido o Concreto Autoadensável com a utili-
zação de cinza do bagaço da cana de açúcar em substituição parcial à areia.
Esta tecnologia de concreto proporciona alta fluidez e capacidade de aden-
sabilidade ao composto, apenas em função de seu próprio peso, ou seja,
não apresenta necessidade do uso de vibradores ou compactação externa de
qualquer natureza, sendo capaz de preencher toda a forma, passando por
armaduras, dutos e insertos sem apresentar segregação de material e espa-
ços vazios nas áreas concretadas. O CAA é considerado uma das maiores
inovações tecnológicas para a construção civil, sendo ainda pouco utilizado
no Brasil.
“Para a obtenção do desenvolvimento tecnológico de forma sustentável,
é indispensável fazer a dissociação entre o desenvolvimento tecnológico e a
carga ambiental, ou seja, deve-se procurar obter o mesmo desempenho com
consumos menores de recursos naturais, reduzindo, dessa forma, a extração
de materiais da natureza e a produção de resíduos e poluentes”, afirma o
professor Rafael Germano Dal Molin Filho.
Tendo em vista este desafio, a BASF forneceu alguns aditivos para a pes-
quisa e o que garantiu a performance desejada foi um produto da linha Gle-
nium, um hiperplastificante indicado para a produção de concretos fluidos
que promove a fluidez esperada sem a perder a coesão, fator-chave para
manter o controle apropriado da segregação e homogeneidade do material.
A proposta contou com a utilização de cinza do bagaço da cana de açú-
car (CBC), subproduto da cogeração de energias em usinas sucroalcooleiras
que contribui com a diminuição da extração de areia natural e com a cria-
ção de uma destinação técnica ao resíduo.
“Essa participação agrega valor para a BASF, pois, por se tratar de um
projeto relacionado a inovações viabilizadas por produtos e processos efi-
cientes e mais sustentáveis, a empresa reafirma os principais pilares da nossa
estratégia. Trabalhamos para o desenvolvimento do mercado da construção
no Brasil por meio da busca constante de soluções e tecnologias inovado-
ras”, reforça Ariane Linhares Zanetti, coordenadora de marketing da área de
químicos para construção.