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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Revestimentos Uretânicos
isocianato e uma carga cimentícia.
“Essas características geram um re-
vestimento de excelente resistência
ao impacto, que suporta choques
térmicos, tem boa resistência quí-
mica, é fosco e rápido de aplicar. O
grande mercado é de revestimento
para áreas molhadas, como indús-
tria de bebidas, frigorífica, alimentí-
cia, pesca, congelados etc.”, informa
Fonteyne, complementando que
ainda não existe uma norma de fa-
bricação e aplicação destinada aos
revestimentos uretânicos. “Usa-se a
NBR 14050, como uma referência,
quando se quer medir aderência.”
Mercado
Os revestimentos uretânicos são
tecnologias consolidadas no mer-
cado brasileiro, principalmente no
segmento industrial, onde propor-
cionam vantagens e benefícios mui-
to importantes para superfícies que
exigem especificidades rigorosas e
que são atendidas com esse tipo de
revestimento.
Além do custo benefício, os re-
vestimentos uretânicos são utiliza-
dos em muitas áreas por proteger,
proporcionar segurança, resistência,
bem-estar, compor esteticamente
etc. “O poliuretano é bastante ver-
sátil. Desta forma, surge a cada dia
uma aplicação nova, seja em cons-
trução civil, segmento automotivo,
móveis etc. Na construção civil, a
utilização de pisos de poliuretano
vem crescendo constantemente
no mercado brasileiro. Com o au-
mento da demanda nos processos
de produção e as exigências de
padrões de qualidade, é preciso
investir em novas soluções que sa-
tisfaçam as necessidades do clien-
te. Além disso, com a constante
evolução das diferentes técnicas
no segmento da construção civil,
o poliuretano cumpre um papel im-
portante neste segmento”, declara
Carla Rojo, gerente de marketing da
Amino.
Hoje, após quase 10 anos de sua
introdução no mercado pela BASF,
os revestimentos uretânicos são tec-
nologias consolidadas em alguns
segmentos de mercado, como, por
exemplo, o alimentício. “Já são mais
de 9 milhões de metros quadrados
de Ucrete instalados em todo o
mundo. Somos líderes no mundo
e no Brasil nessa tecnologia. E esta
é uma posição que alcançamos e
mantemos devido ao grande inves-
timento em serviços e produtos que
fazemos para este mercado. A dife-
renciação é a grande chave para a
sustentabilidade da nossa posição
como líderes, e é por meio de tec-
nologias robustas, consistentes, du-
ráveis e de um serviço em contínuo
aprimoramento que temos garanti-
do a nossa posição”, ressalta Gusta-
vo Soares, coordenador regional de
marketing da BASF.
Para Newton Carvalho Júnior,
engenheiro químico e CEO da NS
Brazil Revestimentos Especiais, na
atual fase, vem crescendo a partici-
pação dos revestimentos uretânicos
no mercado de revestimentos resi-
nados de piso, sendo aplicado prin-
cipalmente no segmento industrial,
com foco na indústria alimentícia
em geral, devido a sua alta resistên-
cia ao impacto e ao choque térmico.
“O revestimento uretânico, tam-
bém chamado de uretano cimentí-
cio ou uretano vegetal, é composto
por uma resina à base de óleo de
mamona e endurecedor à base de
isocianato. Já há mais tempo no
mercado brasileiro está o revesti-
mento poliuretano, que é a reação de
um poliol com o endurecedor à base
de isocianato, podendo ser aromáti-
co ou alifático. Os revestimentos em
poliuretano autonivelante são indi-
cados para áreas decorativas e arqui-
tetônicas, devido o seu aspecto mais
flexível, o que reduz o ruído do salto
dos calçados em áreas de alto trân-
sito de pessoas. Os revestimentos
uretanos diferem dos revestimentos
poliuretanos devido a sua natureza
de flexibilidade, rigidez, dureza e as-
pecto visual, sendo o revestimento
uretano um produto mais robusto e
rústico, desenhado para áreas com
alta solicitação físico-química”, in-
forma Carvalho Jr.
Versatilidade
Entre os benefícios oferecidos
pelas resinas uretânicas, as eleva-
das resistências mecânica, térmica
e química tornam indicadas para
composição de revestimentos de
alto tráfego e sujeitos a agressões,
como pisos industriais. Sua aplica-
ção proporciona superfícies mais
Carla Rojo, gerente de marketing da Amino
Alexis Joseph Fonteyne, vice-presidente da
Associação Nacional de Pisos e Revestimentos
de Alto Desempenho (Anapre)