Revista ConstruChemical - Edição 21 - page 7

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ENTREVISTA
CONSTRUCHEMICAL - Como a BASF esperamelho-
raros resultados comesse investimento?
ALEJANDROHEINE -
Nós transferimos a produção de
Guaratinguetá para Camaçari, que está integrada; com
isso temos umamaior capacidade, quedeve suprir omer-
cadobrasileiro também, proporcionandomaior competi-
tividade, partindo de uma matéria-prima vinda da nafta
(polipropileno e ácido acrílico). Com isso, a competitivi-
dade da BASF Brasil deverá aumentar em todos os sen-
tidos e, olhando o futuro, nós teremos aí um equilíbrio,
umamelhoriana balança comercial doBrasil deUS$ 300
milhões. A unidade de Guaratinguetá será transformada
emmais uma fábrica, onde manteremos seus funcioná-
rios.Com isso, nós acreditamosque, na linhade acrilatos,
já completamos oportfólio.
CONSTRUCHEMICAL - A BASF vai ampliar os seg-
mentos de produtos em que atua em químicos para
construção civil?
ALEJANDRO HEINE -
Não vamos mudar nosso por-
tfólio, o que estamos fazendo é incorporar a fabricação e
tecnologia de produtos no Brasil, que normalmente nós
importávamos e, com isso, darmais segurançaao forneci-
mentodomercadonacional.
CONSTRUCHEMICAL -Oqueo senhordestaca como
vantagens competitivasparaestenovo complexo?
ALEJANDROHEINE -
Nós nos integramos e estamos
próximos àmatéria-primanafta e, com isso, todaa cadeia
de valor depropileno e, agora, de
ácido acrílico
gerauma
maior competitividadeparaoBrasil.
CONSTRUCHEMICAL - Como o senhor vê o anúncio
feitopelapresidenteDilma, duranteoevento, de inves-
timentos de R$ 198 bilhões em infraestrutura para o
país?
ALEJANDROHEINE -
Do ponto de vista da BASF, evi-
dentemente, infraestrutura é uma coisa que lutamos per-
manentemente para melhorá-la. Temos que pensar que
paramovimentar 160mil toneladas dopolodeCamaçari
paraoPortodeAratueque seguiráparaoSudestedoBra-
sil eoutros pontos estratégicos donegóciode exportação,
a infraestrutura é muito necessária e, quantomelhor ela
seja,melhor vai ser a competitividade doBrasil e nos co-
locandonuma posiçãomuitomelhor como exportadores
e também para distribuição dentro do país. ABASF está
sempre olhando para investimentos de longo prazo, por-
tanto éum temade relevânciaparanós.
CONSTRUCHEMICAL - Qual a estrutura da BASF
para atender omercado de construção civil e o que o
senhor classifica comodiferenciaisdaempresa?
ALEJANDRO HEINE -
Nós tínhamos uma estrutura
com ummodelo diferente que era a importação de ou-
trasunidadesnomundoehojevamos concentrar tudono
Brasil. Essa estrutura não vaimudarmuitono sentidode
vendas, mas sofrerá alguns ajustes,
vai ter muita coisa na linha de sup-
ply chain que teremos quemudar. A
infraestrutura e os investimentos no
Porto de Aratu também vão nos be-
neficiar. E seremos os únicos aman-
ter produçãode acrílicos.
CONSTRUCHEMICAL - Qual o
consumo cativo da BASF e a por-
centagem que é vendida para ou-
tras empresasnesseproduto?
ALEJANDRO HEINE -
Esse é um
dado estratégico que nós não divul-
gamos, mas a intenção é abastecer
todo o mercado e não somente o
consumo cativo, atendendo os fabri-
cantes de tintas, de superabsorventes
ede todososmercadosnosquaispo-
demos atuar.
BASF iráconverter sua fábricadeacrilatodebutila, localizadaem seu siteemGuaratinguetá (SP), emumaunidadedepro-
duçãode acrilatode 2-etil-hexila, uma importantematéria-primapara as indústrias de adesivos e revestimentos especiais.
Essa será a primeira fábrica desse tipo naAmérica do Sul. A produção está prevista para começar em 2016, com base no
ácido acrílicoproduzido emCamaçari.
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