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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Resinas para argamassas
tado crescimento e a expectativa é
bastante positiva para os próximos
anos. Para o futuro, contamos com
um crescimento forte da demanda
por produtos de performance mais
alta e a utilização maior de produ-
tos que contenham polímeros em
sua constituição, um hábito que já é
padrão em outros mercados, como
no Chile e em países da Europa”,
justifica Amorim.
A grande diversidade de reves-
timentos cerâmicos presentes no
mercado, segundo Vanessa, da
Dow, tem demandado argamassas
adesivas de alta performance, for-
muladas a partir da adição de po-
límeros redispersíveis. “Certas apli-
cações, como piso sobre piso, peças
grandes, de tamanhos até 1mx3m,
porcelanatos, vidros, granitos e
mármores, só são possíveis quando
são utilizadas argamassas adesivas
de alta performance. Em função
disso, o crescimento na utilização
destas aplicações nos últimos anos
tem alavancado o mercado de polí-
meros em pó redispersíveis no Bra-
sil”, avalia Vanessa.
Antonio Carlos Mucchiani, do
departamento de Especialidades
Químicas da Tanquímica, concor-
da: “As resinas ganham a cada dia
mais importância, devido aos pisos
e azulejos maiores, tipo porcelana-
tos, onde as resinas conferem maior
flexibilidade, aderência, tempo em
aberto (trabalhabilidade) e maior
velocidade de aplicação.”
Tendências
Em termos de tecnologia, Arle-
ne Kita, representante de serviços
técnicos da BASF, aponta o desen-
volvimento de produtos com carac-
terísticas que facilitam a aplicação e
reduzem prazos, “como os autoni-
velantes e produtos que facilitam a
preparação, como os pós para arga-
massas monocomponentes”.
Já como tendência, uma forte ca-
racterística de mercados em desen-
volvimento como o nosso, segundo
Amorim, da BASF, é que sejam em-
pregados cada vez mais produtos
que tenham melhor relação entre
custo e desempenho.
“Outra tendência observada no
mercado de construção como um
todo é o emprego de produtos mais
sustentáveis e que possibilitem me-
lhor utilização do material na obra,
especialmente em construtoras.
Também vale ressaltar os produtos
mais amigáveis ao meio ambiente,
isentos de APEO (alquil fenol eto-
xilado), isentos de amônia, com
baixo teor de componentes orgâ-
nicos voláteis e com menos odor.
Além disso, propriedades como
compatibilidade com cimento, re-
sistência e flexibilidade estão sem-
pre em foco nos desenvolvimentos”
analisa Amorim.
Já Conde, da Polipox, destaca
que sistemas de resinas epóxis e po-
liuretânicas, juntas trabalham para
uma tendência do mercado de sis-
temas mais flexibilizados e multiu-
so. “Podemos incluir neste segmen-
to tanto adesivos estruturais como
rejuntes, que a cada dia mais vêm
sendo uma alternativa para a linha
cimentícia. Antes, somente os pro-
fissionais mais preparados, como
engenheiros e arquitetos, receita-
vam para suas obras os sistemas
termofixos e, agora, são acessíveis
até nas obras residenciais. Como o
mercado está mais exigente, tam-
bém está disposto a pagar mais por
revestimentos de impermeabiliza-
ção mais leves, simples, duráveis
e com uma performance maior,
substituindo sistemas termoplás-
ticos, como as mantas asfálticas e
compostos acrílicos.”
Existe uma cobrança muito
grande para o avanço em tecnolo-
gia, conforme Gisele Ivaldi Mene-
zes, gestora de negócios de cons-
trução civil - unidade de novos
negócios da quantiQ, e ao mesmo
tempo a redução de desperdícios e
geração de entulhos. “As argamas-
sas industrializadas trazem vanta-
gens tecnológicas, pois com a prati-
cidade e garantia de qualidade que
Wanderley Pfefferkorn, gerente de contas
do Grupo Rust&Resinar
Leonardo Dias, gerente de marketing da
Wacker do Brasil
André Luiz de Oliveira,supervisor de
desenvolvimento de mercado da Reichhold do Brasil