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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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EVENTOS
conseguimos o respeito da comuni-
dade internacional, pois a distribui-
ção brasileira está comprometida e
inserida nas práticas internacionais
de meio ambiente, transporte, sus-
tentabilidade, social etc.”, declarou
Medrano.
Em seguida, Décio Oddone, da
Braskem, falou sobre o tema do
evento e a visão da companhia nes-
te contexto. “O desenvolvimento
sustentável é uma responsabilidade
compartilhada do governo e orga-
nizações intergovernamentais, orga-
nizações privadas e sociedade civil
para evitar os impactos ambientais.
Temos que ofertar produtos que sa-
tisfaçam as necessidades da socieda-
de moderna, considerando o equilí-
brio entre os impactos econômicos,
sociais e ambientais.” Ele ainda res-
saltou o papel da indústria: “Hoje é
preciso ter foco na melhoria incre-
mental e revolucionária; assumir
compromissos voluntários e abran-
gentes. A Braskem tem um compro-
misso com a sociedade nas questões
da segurança, sustentabilidade e
meio ambiente, e está em constan-
te evolução na eco-eficiência, com
produtos ‘verdes’ e reciclagem”, des-
tacou Oddone.
A palestra seguinte foi “A cri-
se econômica e seus impactos na
indústria química mundial”, com
Miguel Mantas, que alertou sobre
problemas futuros. “A crise que co-
meçou em 2007 nos Estados Unidos
afetou o mundo inteiro. Este ano co-
meçou com um temor de que existe
a possibilidade de essa crise voltar,
mas pode-se afirmar que hoje a úni-
ca região que se encontra em crise
e recessão é a Europa, porém é uma
crise leve. As projeções para 2012
são de redução de capacidade, esta-
mos abaixo da média desde 2011. O
único país que está acima da média
é a Alemanha, e que inclusive está de
certa forma isolada de todo o pro-
blema da crise. Mas mesmo com to-
das as dificuldades a indústria quí-
mica ainda apresenta crescimento
em torno de 2%.”
Mantas ainda informou que mes-
mo se não houver uma crise mun-
dial existe grande preocupação com
os impactos no futuro. “Existe uma
preocupação com as dívidas dos pa-
íses, e é importante tentar reduzi-las.
Além disso, 2012 é um ano em que
coincide o maior número de elei-
ções no mundo, ou seja, mudanças
de liderança. Este ano provavelmen-
te será um ano de estagnação devido
a todas essas questões e mudanças
políticas. Por isso, é necessário con-
trolar tudo que podemos”, concluiu.
Ainda no período da manhã,
José Carlos Grubisich, falou sobre
“A biomassa e a química do futuro”.
“A indústria química se preocupa
muito com a tecnologia verde e tem
realizado enormes ganhos de per-
formance, como resultados excep-
cionais nas áreas de SSMA (Saúde,
Segurança e Meio Ambiente); efici-
ência energética; redução de consu-
mo de água; redução de emissões e
geração de resíduos; progressos sig-
nificativos na tecnologia de processo
– melhor rendimento com produtos
mais limpos e seguros. Além disso,
um segundo ponto relevante da tec-
nologia verde é a dependência do
petróleo ao desenvolvimento de fon-
tes renováveis de matérias-primas.”
Grubisich também salientou que
a indústria química se desenvol-
veu a partir da disponibilidade de
matérias-primas abundantes e com-
petitivas, como petróleo, gás natu-
ral e carvão. “Existe uma tendência
crescente de aumento de preços no
petróleo e no gás natural. Os al-
tos preços de petróleo, energia e o
imperativo de reduzir emissões de
CO2 terão um impacto importante
no futuro do setor.” Para ele a opor-
tunidade do momento é o desen-
volvimento de fontes renováveis de
matéria-prima a partir da biomassa.
“O potencial para a indústria quími-
ca é construir unidades de produção
integradas próximas às refinarias
do futuro para obter matéria-prima
competitiva, disponibilidade de
água e energia competitiva a par-
tir da biomassa. A biomassa será
competitiva e sustentável, ou seja,
uma oportunidade a curto prazo
para a indústria química. Já o eta-
nol, de açúcar ou celulose, apresenta
uma alternativa limpa e criativa de
matéria-prima para o setor quími-
co, além de novas tecnologias que
transformarão o setor. A indústria