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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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EVENTOS
necessita da distribuição, e assim como é na
Europa e nos EUA, se tornou cada dia mais
de vital importância para a cadeia produtiva.
Revista Construchemical: Com a grande ten-
dência da Química Verde, e que foi também
tema deste evento, o senhor acredita que o
setor de distribuição está fazendo o seu pa-
pel?
Rubens Medrano:
Estamos começando com
a Química Verde, e a previsão é que nos
próximos 10 anos ela estará totalmente im-
plementada. Hoje, o Ebdquim propõe uma
visão do futuro, por isso a Associquim quer
ouvir para depois se posicionar. Temos uma
química tradicional com frutos da Quími-
ca Verde, e neste contexto nossa missão é
descobrir de que maneira podemos coope-
rar para que essa implementação seja feita
da melhor maneira possível, atingindo as
indústrias consumidoras em geral com seus
benefícios e com produtos renováveis.
Um dos grandes questionamentos mun-
diais sobre a Química Verde é que alguns
produtos que servem de matéria-prima para
a indústria química também estão presentes
na alimentação humana, e neste aspecto o
Brasil está numa posição ímpar, pois temos
abundância de terra e condições de expan-
dir nossas produções agrícolas, podendo
atender as duas áreas sem prejudicá-las.
Alguns países não possuem essa facilidade,
e acabam transferindo determinadas maté-
rias-primas da alimentação para a indústria
química, criando um problema social muito
grande.
A Química Verde é muito importante, e o
distribuidor tem o dever de levar ao consumi-
dor os benefícios com as novas fontes renová-
veis e o que se pode maximizar na produção.
Revista Construchemical: Há uma preocupa-
ção generalizada com a economia mundial. O
que o senhor prevê para a economia global e,
em especial, para o Brasil?
Rubens Medrano:
Nossos grandes parceiros
comerciais estão nos Estados Unidos, e,
surpreendentemente, é um país que come-
çou a reagir, lentamente, mas está reagindo.
A indústria americana, com a descoberta
do
shale gas
, que tem um preço espetacular,
está renascendo. Não existe mais um foco
direcionado apenas aos países árabes como
supridores de matéria-prima, e os Estados
Unidos podem ser um grande parceiro na
produção de produtos, com preços economi-
camente bons.
O Brasil tem um comércio norte-sul, e está
cada vez mais com uma proximidade geográ-
fica com os EUA, e tenho plena certeza que
vamos nos beneficiar dessas matérias-primas
mais baratas. A recuperação econômica dos
Estados Unidos ajuda nosso país na exporta-
ção de produtos manufaturados.
Hoje, o Brasil é respeitado e inserido glo-
balmente; nossa economia tem dado esses
impulsos, principalmente devido ao traba-
lhador que tem emprego - o índice de desem-
prego tem sido muito baixo -, que continua
consumindo e não deixa de pagar. Outro mé-
rito do nosso país foi com o governo Lula,
que trouxe para o mercado de consumo a po-
pulação C e D, que estava excluída, e que hoje
mantém a economia aquecida e com previ-
são de que continue nesse ritmo aquecido
nos próximos anos. Também não podemos
esquecer os grandes eventos, como Copa do
Mundo e Olimpíadas, que já estão trazendo
grandes investimentos do governo, da inicia-
tiva privada etc. Acreditamos que pelo me-
nos até 2020, se nada atrapalhar, teremos um
ritmo de progresso muito bom e com ótimas
oportunidades para o nosso setor.
Revista Construchemical: Qual é mensagem
que o senhor deixa para os distribuidores?
Rubens Medrano:
Continuar com essa política
e saber que a Associquim pode continuar con-
tando com o apoio dos distribuidores, pois
somos uma entidade de via de duas mãos: é
pró-ativa e também reativa. Podemos ter nos-
sas ideias, projetos, mas é muito importante
também receber a demanda dos distribuido-
res. Todos eles estão de parabéns pelo evento,
que foi de grande sucesso, pelo apoio que nos
deram, e que continuem dando. Tenho certe-
za que a distribuição de produtos químicos
no Brasil atingirá seus objetivos, pois temos
um potencial de crescimento muito grande
para os próximos anos.