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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ENTREVISTA
Revista ConstruChemical - Existem outros planos de
investimentos?
Paulo Vegette -
Em produção, muitos dos investimentos
têm sido feitos também visando aumento de capacidade e
em processos mais controlados. A Dow investiu US$ 1,2
milhão na fábrica de Jundiaí para trazer maior automação
e mais sofisticação ao processo fabril.
Revista ConstruChemical - E quanto aos novos
projetos?
Paulo Vegette -
Existem os projetos de produtos, que são
esses voltados para o mercado. Uma grande linha de pro-
jetos que estamos otimizando para atingir um mercado
crescente no Brasil é a linha de adesivos para sacadas envi-
draçadas e fachadas. Aproveitando a sinergia que é única
entre as empresas que atuam com a produção de epóxi e
poliuretano, busca-se aí soluções inovadoras para atender
esse mercado crescente, atingindo empreendimentos resi-
denciais e comerciais. Além disso, todo o nosso portfólio
passa por um processo de melhoria contínua. É uma ca-
racterística da Dow trazer soluções customizadas. E cons-
trução é um dos grandes pilares da empresa.
No que tange aos investimentos em infraestrutura, po-
demos mencionar, por exemplo, o Projeto Cabana, total-
mente inovador e que tem um apelo de sustentabilidade
enorme, no qual a companhia, em parceria com a Mitsui,
vai ter um complexo de geração de polietileno a partir da
cana. Isso vai trazer uma capacidade de geração de 350
mil toneladas de monômero de polietileno por ano com
um consumo dobrado de CO2. Esse é um dos principais
investimentos da companhia no mundo e mostra todo o
foco que temos na região.
Revista ConstruChemical - Na sua visão, como está o
mercado nacional para os químicos de construção civil?
Paulo Vegette -
Quando se busca otimizar um produ-
to, um portfólio, você atinge não só a construção de alta
exigência. Pelo contrário, nas construções populares a
Dow também tem trabalhado com os fabricantes de pai-
néis, desenvolvendo produtos e soluções que permitam
construções a um custo muito mais competitivo, subs-
tituindo materiais já estabelecidos no sentido de ganhar
em produtividade e em escala de demanda. Hoje, existe
uma preocupação também por parte do governo para se
fazer moradias populares que tenham padrões constru-
tivos, como conforto térmico, durabilidade e, para tanto,
temos uma linha de vários produtos que garantem uma
conservação de energia de 3% a 5%, um tempo de insta-
lação curtíssimo a um custo muito competitivo. Temos
telhas sanduíche em poliuretano que estão sendo trazi-
das para o mercado, já amplamente empregadas na Eu-
ropa e em outros países, que permitem o conforto térmi-
co na residência a um custo extremamente competitivo.
Fora isso, a geração de energia é feita através de painéis
solares, inclusive em imóveis da CDHU. Dessa forma, a
Dow não só tem desenvolvimentos na área de energia
solar nos Estados Unidos como também aqui no Brasil.
O poliuretano é empregado tanto para fazer a substitui-
ção de reservatórios de inox como também para fazer o
isolamento térmico das tubulações e equipamentos utili-
zados nos painéis solares.
Revista ConstruChemical - Algumas falhas nas cons-
truções de prédios, como a falta de isolamento acústi-
co, por exemplo, é muito recorrente no Brasil. Por que
isso acontece?
Paulo Vegette -
Algumas falhas acontecem por falta de
orientação em técnicas de melhoria desse tipo de situa-
ção. A necessidade existe e a demanda vem com o escla-
recimento do usuário final, que é o comprador. Então,
a partir do momento em que tivermos um selo acústi-
co, por exemplo, isso não vai acontecer mais. E a Dow
tem os aglomerantes, uma solução para esse problema
e que não encarece em quase nada uma obra. Só que
eles têm que ser instalados no momento certo. Depois
que o apartamento está pronto é muito difícil fazer essa
intervenção.
Revista ConstruChemical - Mas seria só falta de
orientação?
Paulo Vegette -
Algumas soluções foram introduzidas
há muitos anos, 15 ou 20 anos, e não foram utilizadas
de maneira correta. Então, todo produto depende de