Page 16 - 02

Basic HTML Version

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
16
aditivos para concreto
diminuir o consumo de cimento para
uma mesma resistência do concreto,
o que diminui consideravelmente os
impactos ambientais atribuídos à fa-
bricação do concreto. Além disso, a
BASF conta com ferramentas aliadas
ao alto conhecimento técnico, para a
aplicação do conceito ‘Green Sense
Concrete’. Fazem parte desse concei-
to a utilização racional dos materiais
e a otimização nos custos na produ-
ção”, explica Fabrício André Buzeto,
coordenador regional de tecnologia.
Na opinião de Karine Frames-
qui, coordenadora do laboratório de
aplicações técnicas para aditivos de
Construção, BU Industrial & Consu-
mer Specialties da Clariant, o uso de
superplastificantes à base de policar-
boxilatos é uma inovação, apesar de
não ser muito recente. “Esses aditivos
são usados em baixas dosagens, com-
parativamente com as tecnologias
anteriores, e permitem maior redu-
ção do consumo de água, mostrando
vantagens significativas em substitui-
ção aos naftaleno-sulfonatos e ligno-
-sulfonatos.”
Felipe Lopes, gerente de contas
da Croda, afirma que com o aque-
cimento do mercado de construção
também houve uma maior demanda
por produtos obtidos de fontes re-
nováveis, que sejam ecologicamente
corretos. “Esse sempre foi um grande
foco da Croda, não apenas no mer-
cado de construção, mas em todos os
mercados em que atua. Nossos aditi-
Fernando Luiz de Oliveira Matta, gerente comercial epóxi
e aditivos especiais para América do Sul da Air Products
vos são formulados, principalmente
a partir de derivados vegetais, alian-
do performance e sustentabilidade.”
Para Mariana Micheti, do de-
partamento de marketing e líder de
comunicação para América Latina
da Grace Construction Products, as
inovações se concentram nos adi-
tivos redutores de água de alto de-
sempenho e aditivos controladores
de hidratação. “Os aditivos redutores
de água de altíssimo desempenho
(ABNT:NBR 11768:2011 - aditi-
vo superplastificante tipo SP II) são
ambientalmente corretos, pois per-
mitem a redução da quantidade de
água dos concretos, contribuem para
a redução do consumo de cimento,
reduzindo a emissão de CO2 na pro-
dução do cimento. Já os aditivos con-
troladores de hidratação – uma linha
de aditivos que pode ser usada para
recuperar sobras de concreto ou ain-
da para ser usada como lavagem dos
caminhões-betoneira – geram eco-
nomia e reaproveitamento de água.”
Joaquim Anselmo Oliveira Neto,
gerente técnico do Grupo Tanquí-
mica / QGP Química, destaca que as
inovações estão na área dos policar-
boxilatos, que deverão substituir os
tradicionais aditivos à base de ligno-
-sulfonatos e naftalenos sulfonatos
condensados. “Sob o ponto de vista
ambientalmente corretos precisam
ainda evoluir, pois mesmo os poli-
carboxilatos partem de origem pe-
troquímica.”
Ricardo Faria, do departamento
comercial da Vedacit/Otto Baum-
gart, conta que a inovação tecnoló-
gica no segmento dos aditivos está
no avanço do superplastificante de
base química éter policarboxilato.
“Com esse produto, o fabricante
pode trabalhar com vários tama-
nhos de cadeias moleculares e des-
frutar de uma gama de benefícios
ao concreto, como por exemplo,
maior tempo de manutenção de
trabalhabilidade, maior consistên-
cia e coesão ao concreto, com me-
nores consumo e utilização em con-
creto auto-adensáveis. Além disso,
Fabrício André Buzeto, coordenador
regional de tecnologia da BASF
Luciana Rodrigues, gerente de serviço técnico
para América Latina da CP Kelco
seguem as tendências de produtos
ecologicamente eficientes, pois com
a tecnologia do concreto empregada
pode-se reduzir o consumo de ci-
mento e a relação de água e cimento,
mantendo as mesmas solicitações.”
A fabricação de produtos cada vez
menos agressivos ao meio ambiente
é uma tendência sem volta. “Pode-se
dizer que os aditivos são, por si só,
produtos ambientalmente corretos,
uma vez que reduzem o consumo de
água e elevam a resistência e a dura-
bilidade do concreto, aumentando a
performance técnica e proteção das
edificações e, por consequência, a