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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Pisos Epóxi e Poliuretano
para América Latina, explica que as
duas tecnologias têm suas particu-
laridades com relação às necessida-
des do usuário final. “Por exemplo,
os pisos em PU possuem alta resis-
tência à abrasão e boa resistência a
choques térmicos. Já os pisos epóxi
possuem alta resistência química,
com ótimas propriedades mecâni-
cas. O fabricante do piso, juntamen-
te com o responsável pelo projeto,
deve definir qual a melhor solução
para cada caso. Além disso, nas duas
tecnologias podem ser utilizadas
juntas para explorar os benefícios
particulares de cada uma. Um bom
exemplo é o Flexodeck, sistema for-
mulado da Dow, indicado para pisos
de alto tráfego.”
Para Adriana, ambas as soluções
são indicadas para diversos tipos de
superfícies. “O que diferencia o tipo
de tecnologia a ser utilizada não é a
superfície e sim a necessidade do
usuário. Mas devemos considerar
que o tipo de tratamento da su-
perfície é fator determinante para
assegurar uma boa performance
do produto aplicado. Pensando
nisso, a Dow possui soluções es-
pecializadas para o tratamento
de superfícies, como primers
para substratos secos e úmidos”.
Iara Paes de Almeida, gerente
técnica e comercial da Masterpoxy,
ressalta que ambos os pisos são fá-
ceis de aplicar, porém o PU é mais
resistente contra abrasão (riscos) e
possui mais brilho. “A diferença está
no preço, o PU é quase 30% mais
caro que o epóxi. Cabe incluir os
revestimentos uretânicos à base de
óleo de mamona vegetal. O revesti-
mento uretânico tem uma aplicação
específica para áreas onde exige-se
alta resistência a impactos, como in-
dústrias de bebidas, vidros, mecâni-
ca e siderurgia. Enquanto os reves-
timentos epóxi e PU são aplicados
com espessuras que variam de 1mm
a 4mm, nos uretânicos essa relação
é de 6mm a 12mm de espessura. Sua
aparência final é fosca e não tem a
mesma planicidade do epóxi, devi-
do a sua espessura, porém trata-se
de um piso, não para quem busca es-
tética, mas uma solução à resistência
mecânica. Quanto à resistência quí-
mica, os revestimentos à base de PU
são mais resistentes que o epóxi e o
uretano.”
Os dois pisos são resinas e são
aplicados in loco de diversas formas,
por meio de resina autonivelante,
sistema multicamadas ou pintura.
“Ambos são similares, mas o poliu-
retano tem características mais no-
bres, principalmente em durabilida-
de, estabilidade de cor e estética. Já o
epóxi é um piso mais rígido, indica-
do para cargas mais pesadas, embo-
ra haja formulações que podem ser
ajustadas de acordo com cada ne-
cessidade. O epóxi é indicado para
ambientes que comportam cargas
mais pesadas, em locais de tráfego
intenso, onde a resistência e dura-
bilidade superam as preocupações
estéticas, como indústrias, galpões e
estacionamentos, entre outros. Já o
poliuretano valoriza bastante a es-
tética e a assepsia do espaço, já que
garante praticidade na manutenção
e limpeza do mesmo, ainda que re-
ceba o trânsito de pessoas. Coloca-
mos normalmente em laboratórios,
clínicas, consultórios, hospitais,
quadras esportivas cobertas, giná-
sios, academias e lojas etc.”, informa
Sergio de Andrade Coutinho, dire-
tor da Durocolor.
Vantagens
O uso é cada vez maior. Mais e
mais empresas fazem a opção por
trabalhar com pisos poliméricos e
epóxi. O motivo não é só pela pra-
ticidade de pisos monolíticos, mas
também por exigências de se ter
pisos funcionais. “Se analisarmos
as companhias de medicamentos,
farmacêuticos, alimentos, bebidas, a
Anvisa pede um piso que o produto
manipulado não contamine o solo.
Também no caso de materiais pere-
cíveis existe uma grande vantagem
em se ter pisos onde as bactérias não
encontram seu habitat para se proli-
ferarem, por não serem pisos poro-
sos e permitem a assepsia química
combinada com métodos de limpe-
za a vapor e água quente, como é o
caso dos frigoríficos, laticínios etc.”,
explica Glaucio Conde, gerente de
marketing da Polipox.
Nas empresas automobilísticas,
metalúrgicas e de outros ramos os
pisos monolíticos poliméricos, se-
jam epóxi ou poliuretano, além de
passar a imagem de modernidade,
facilitam a limpeza, a mobilidade de
empilhadeiras, funcionários e, tam-
bém, a demarcação horizontal, que
Evaldo Luiz Kuhn, diretor técnico e comercial da
Brasil Epoxi
Adriana Melio, gerente de marketing da Dow
Epoxy para América Latina