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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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CAPACITAÇÃO
Escola da construção vai incentivar uso de
novas tecnologias
Escola de Chapecó (SC) abrigará cursos oferecidos pelo SENAI e qualificará
300 alunos por ano
O crescimento do setor de construção civil no Oeste de Santa Catarina será
apoiado por mais profissionais qualificados. Cerca de 300 profissionais serão for-
mados, por ano, nos cursos oferecidos pela nova escola da construção do SENAI/
SCque o Sistema FIESC inaugurou emChapecó. A intenção é disseminar as novas
tecnologias e as melhores práticas que contribuam com a qualidade e produtivi-
dade do setor.
“O Sistema FIESC quer ser indutor do desenvolvimento da indústria”, resumiu
o presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, durante a solenidade de inau-
guração. Ocrescimento do número demulheres nos cursos também foi destacado
pelo presidente. Cerca de 25% das 150 matrículas atuais da escola são de alunas.
“Queremos oferecer formação adequada aos trabalhares das empresas de cons-
trução civil, assim como fazemos nas outras áreas, para que eles possam operar as
novas tecnologias”, explicou o diretor regional do SENAI de Santa Catarina, Sérgio
Roberto Arruda.
A importância da escola para preparar trabalhadores para o uso de ferramen-
tas de ponta também foi destacada pelo presidente do Sindicato da Indústria da
Construção e de Artefatos de Concreto Armado do Oeste de Santa Catarina (Sin-
duscon), Lenoir Broch. “As empresas hoje não investem emnovas tecnologias por
falta de profissionais aptos a operá-las. Mas a escola da construção vai ajudar a re-
solver esse problema e a atrair mais pessoas para a área”, ressaltou. Segundo Broch,
a escola beneficiará diretamente 5,5 mil trabalhadores, além daqueles que atuam
na informalidade.
Esta é a décima unidade do SENAI/SC focada no atendimento ao setor da cons-
trução civil em Santa Catarina. Existemmais cinco unidades fixas, localizadas em
Balneário Camboriú, Blumenau, Joinville, Criciúma e Itajaí, e quatro móveis, que
entraramemoperação no início do ano. Outra unidade fixa, emPalhoça, está sen-
do construída.
As atividades na escola de Chapecó já se iniciaram ainda antes da
inauguração oficial. Estão em andamento três turmas do curso de mes-
tre de obras (área de gestão), duas turmas do curso de eletricista pre-
dial, e uma de Aprendizagem Industrial em Oficial da Construção Civil.
Para o ano que vem, já estão programados cursos de qualificação e aperfeiçoa-
mento, como mestre de obras, pedreiro, instalador hidráulico, eletricista predial,
desenhista da construção civil
e mais duas turmas do curso
de aprendizagem em oficial
da construção civil. O SENAI
em Chapecó também está tra-
balhando no projeto do curso
técnico em edificações. Além
das novas instalações, os cursos
voltados à construção civil ocu-
pam os demais laboratórios da
unidade, como os de eletricida-
de e de informática.
Já ematividade
Alunos do Curso de Aprendizagem In-
dustrial em Oficial da Construção Civil,
aberto em agosto, se dizem empolgados com
as aulas teóricas e práticas que estão parti-
cipando. “A gente espera aprender e, com o
conhecimento, exercer uma profissão”, afir-
ma Jucieli Klaus, de 22 anos, que no período
noturno trabalha como ferreira armadora
na construtora Idealize, onde monta arma-
ções de ferro para a estrutura de concreto.
A estudante foi estimulada pela proprie-
tária da empresa a se matricular no curso.
“Estamos aprendendo a trabalhar com novas
tecnologias, que poucas pessoas conhecemna
região”, afirma Cristiano Motta dos Santos, 19
anos, ferreiro armador na Broch Empreendi-
menos, de propriedade de Lenoir Broch. “A
empresa nos libera para o curso e pediu para
estarmos atentos principalmente às novas tec-
nologias”, destaca o estudante.
Fotos:
Ivonei José Fazzioni