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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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3ª Greenbuilding Brasil
3ª Greenbuilding Brasil reafirma valorização
de construções sustentáveis
Empresas apostam no crescimento das construções verdes, que no Brasil já res-
pondem por 24 milhões de metros quadrados
Os três dias da Greenbuilding Brasil Con-
ferência & Expo foram de espaço de encontro,
debates, demonstração de produtos, projetos
e ideias que mostraram a linha evolutiva da
construção sustentável no Brasil e as trans-
formações desse mercado em todo o mun-
do. O Brasil desfruta de posição privilegiada,
ocupando a quarta colocação no ranking de
países do Green BuildingCouncil americano
(GBC US), ONG emissora dos selos LEED
(Leadership in Energy and Environmental
Design). Atualmente, a indústria da constru-
ção corresponde a 30% do PIB total do País,
sendo que no ano passado 7% desse montante
era composto por prédios verdes, totalizando
R$ 10 bilhões. Até o final de 2013, estima-se
que o número de empreendimentos ecologi-
camente corretos em São Paulo cresça 73%;
no Rio de Janeiro, 163% e, em Curitiba, 900%.
Dez estádios da Copa do Mundo e todo o
projeto arquitetônico das Olimpíadas do Rio
serão construções verdes.
De acordo com a diretora da feira, Liliane
Bortoluci da Reed Exhibitions Alcantara Ma-
chado, organizadora do evento, todo esse po-
tencial trouxe reflexos muito positivos para a
conferência e exposição: “Marcas como BASF,
Dow, Deca, Docol, Roca, Fabrimar, Daikin,
Johnson Controls, Sherwin-Williams, Hita-
chi, Siemens e Universo Tintas investiram na
sua participação e patrocínio do evento. No
ano passado tivemos 35 expositores. Agora
em 2012, foram 98, o que confirma não só a
qualidade do congresso e o interesse dos visi-
tantes, mas também a vocação do setor para
transformar a Greenbuilding em uma exce-
lente ferramenta de prospecção de negócios
e relacionamento. Em sua terceira edição
apenas, já foi necessário buscar um espaço
maior, como Transamérica Expo Center, para
comportar essa evolução. A exposição ocupou
área de 6.500 metros e recebeu mais de 7.234
visitantes e compradores durante os três dias
de exposição e conferência”, comenta.
Para Felipe Faria, gerente de relações institucionais e governamen-
tais do Green BuildingCouncil Brasil, a abrangência e quantidade de
expositores atestama aceitação domercado, evidenciando a célere ele-
vaçãodopadrão técnicode todos os setoresda indústriada construção,
o que acaba por elevar o padrão técnico de todos os setores. “Os visi-
tantes se entusiasmam com a chance de conhecer arquitetos e projetos
famosos de todo o mundo. Aliado a isso, os profissionais brasileiros
estão inovando, quebrando paradigmas, mudando padrões exigidos
e obtendo sucesso financeiro, o que sempre foi marca registrada do
evento. O nível técnico e profissional e o poder de decisão dos partici-
pantes também são muito altos. O nosso próximo desafio é fortalecer
a interação entre os setores privado, público e acadêmico”, garante.
Segundo Faria, o Brasil tem hoje 65 prédios certificados e 588 em
processo de certificação, cenário que revela um novo parâmetro, pra-
ticamente global, de busca por edificações que melhoram a qualidade
de vida e trabalho, com baixo impacto ambiental.
Outro aspecto que chamou a atenção nas exposições dos especia-
listas presentes ao evento foi a redução do custo para a construção de
um prédio verde. De acordo com dados apresentados, hoje os valores
são apenas 5% superiores aos de um edifício tradicional. Em 2005
a diferença chegava a 25%, o que mostra o avanço de tecnologias e
soluções criadas para atender a essa demanda crescente.
CONFERÊNCIA
Durante os três dias de exposição, a Conferência Internacional
da Greenbuilding ofereceu aos participantes a chance de entrar em
contato com especialistas internacionais em arquitetura e engenharia