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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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A grande expansão do desenvolvimento verifi-
cada no século 20 transformou o mundo e mudou a
forma de encararmos o progresso. O que se entendia
como avanço há 100 anos, hoje já é visto com reservas
e com a preocupação do impacto que pode causar no
futuro da natureza e da humanidade. Me lembro bem
quando, na década de 80, tive o prazer de trabalhar em
uma revista de ecologia e cultura (Revista Pau Brasil)
ao lado de renomados jornalistas e articulistas que
alertavam sobre problemas como poluição, agrotóxi-
cos, chuva ácida, desmatamento, extinção de animais
silvestres, produtos com potencial cancerígeno, entre
tantos outros assuntos que estavamemevidência, mas
que ainda eram incipientes na consciência geral de um povo. Dois casos, em especial, me marcaram naquela
época: o acidente nuclear de Chernobill e a explosão da fábrica da UnionCarbide, emBophal, na Índia, ambos
tragédias que deixarammarcas terríveis nos locais onde aconteceram.
E é das más práticas e das tragédias que se tiramas lições para que possamos viver melhor e usufruir de
formamais saudável e racional, preservando tambémpara as gerações futuras a natureza e omundomara-
vilhoso emque vivemos. Dessa forma, a consciência da preservação e da racionalização dos recursos natu-
rais é umdos assuntosmais discutidos neste iníciodo terceiromilênio e vemavançando forma significativa.
Como não podia ser diferente, tudo isso vem também sendo aplicado ao universo da construção civil
emvários países e vemganhando força no Brasil. Em setembro, os três dias da Greenbuilding Brasil Confe-
rência &Expo deram espaço à debates, demonstração de produtos, projetos e ideias que mostrarama linha
evolutiva da construção sustentável no Brasil e as transformações desse mercado em todo omundo. OBra-
sil desfruta de posição privilegiada, ocupando a quarta colocação no ranking de países do Green Building-
Council americano (GBC US), ONG emissora dos selos LEED (Leadership in Energy and Environmental
Design). Atualmente, a indústria da construção corresponde a 30% do PIB total do País, sendo que no ano
passado 7%dessemontante era composto por prédios verdes, totalizandoR$ 10 bilhões. Até o final de 2013,
estima-se que o número de empreendimentos ecologicamente corretos em São Paulo cresça 73%; no Rio
de Janeiro, 163% e, emCuritiba, 900%. Dez estádios da Copa doMundo e todo o projeto arquitetônico das
Olimpíadas do Rio serão construções verdes.
Todo esse potencial trouxe reflexosmuito positivos para a conferência e exposição, coma partici-
pação de marcas como BASF, Bayer, Dow, Deca, Docol, Roca, Fabrimar, Daikin, Johnson Controls,
Sherwin-Williams, Hitachi, Siemens eUniversoTintas. No anopassado foram35 expositores. Agora
em 2012, foram 98. Em sua terceira edição apenas, já foi necessário buscar um espaço maior, como
Transamérica ExpoCenter, para comportar essa evolução. Aexposiçãoocupou área de 6.500metros
e recebeumais de 7.234 visitantes e compradores durante os três dias de exposição e conferência.
O Brasil tem hoje 65 prédios certificados e 588 em processo de certificação, cenário que
revela umnovo parâmetro, praticamente global, de busca por edificações quemelhorama qua-
lidade de vida e trabalho, combaixo impacto ambiental.
Outro aspecto que chamou a atenção nas exposições dos especialistas presentes ao evento foi a
redução do custo para a construção de um prédio verde. De acordo com dados apresentados, hoje
os valores são apenas 5% superiores aos de um edifício tradicional. Em 2005, a diferença chegava a
25%, oquemostra o avançode tecnologias e soluções criadas para atender a essa demanda crescente.
Diante dessa realidade, há que se festejar o avanço das tecnologias sustentáveis, que alémde
trazeremmais conforto emenor impacto ambiental, já chegarama umpatamar de custos bem
razoável e que gera inúmeros benefícios à todos.
Pra frente Brasil!
Marcos Mila
O futuro está na
sustentabilidade
EDITORIAL
Ano 1 | Nº 04 - Setembro/Outubro 2012
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