Page 24 - 05

Basic HTML Version

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
24
impermeabilizantes Acrílicos
antes não disponíveis no Bra-
sil têm sido trazidos para de-
senvolvimento e testes, e estes
produtos têm apresentado re-
sultados surpreendentes”, re-
vela.
Por sua vez, Setti, da Via-
pol, apesar de não ter estatís-
ticas disponíveis, ressalta que
o consumidor já percebe que
produtos de qualidade supe-
rior, mesmo mais caros, ofere-
cem melhor resultado técnico,
estético e econômico. “Os pro-
dutos ‘blendados’ (que levam
estireno na composição, por
isso não contam com acrílicos
puros) classificam-se também
em tipos com maior ou menor
grau de mistura. Pode-se ob-
servar que, nos últimos anos,
chegaram ao mercado as cha-
madas ‘mantas líquidas’ - a
exemplo da Vedalage Plus, da
Viapol -, que são membranas
acrílicas com grau de pureza
Sérgio Lins Pontes, responsável técnico/comercial pela
linha de impermeabilização da Oswaldo Cruz Química: “A
evolução dos impermeabilizantes acrílicos e de outros de
antiga geração deve-se ao fato de que há alguns anos vem
se adotando, por engenheiros e arquitetos, um projeto de
impermeabilização e a obrigatoriedade de sua execução,
evitando futuros danos estruturais em suas edificações”
maior e que se apresentam ao
consumidor como uma opção
de impermeabilização com
mão de obra mais simples.”
Setti esclarece que cada
um dos produtos possui a
sua aplicação específica, de
acordo com as necessidades
do usuário, seja em relação à
superfície a ser aplicada, con-
dições da mesma, intempéries
a que será submetido e o in-
vestimento programado. “Os
impermeabilizantes acrílicos
puros possuem características
que o tornam um produto de
maior valor agregado e, por
isso, são recomendados para
aplicações específicas, como
as que exigem, por exem-
plo, altíssima resistência aos
raios UV. Os acrílicos blenda-
dos, por sua vez, suprem ou-
tra gama de demandas com a
mesma eficiência.” Ele expli-
ca que, a exemplo dos demais
produtos impermea-
bilizantes, a escolha
do produto ou do tipo
de impermeabilização
mais adequada para
cada necessidade de-
penderá de fatores
como fase da obra,
tipo de estrutura,
problema apresenta-
do, tipo de terreno,
clima e até o acaba-
mento que será utili-
zado após a aplicação
do impermeabilizante.
Flavio de Camargo, gerente técnico e de marketing da Denver
Impermeabilizantes
As superfícies apresentarão
necessidades diferentes e exis-
tem soluções individualiza-
das.
Se o produto aplicado for
inadequado para determinada
situação, ou ele não vai resis-
tir às exigências físicas e quí-
micas do local ou vai sofrer
alterações com a ação das in-
tempéries e dos raios ultravio-
leta emitidos pelo Sol.
Coberturas reflexíveis
Vale destacar que, atual-
mente, existe grande mo-
vimentação, até em âmbito
mundial, quanto à importân-
cia de termos maior refletân-
cia nos telhados e coberturas
em geral, visando à redução
das “zonas de calor” geradas
nas grandes metrópoles. Exis-
tem estudos científicos em an-
damento em várias partes do
mundo e, no Brasil, está em
fase de consolidação o Con-
sórcio Brasileiro de Superfí-
cies Frias, coordenado pela
Poli-USP e com o apoio da
ONG Green Building Council
Brasil (GBC Brasil). Alguns
estudos já mostram que é pos-
sível, através das coberturas
mais refletivas, a redução ge-
ral de calor no planeta, e os
impermeabilizantes acrílicos
na cor branca ou cores claras
têm bastante a contribuir nes-
te campo.
Em tempo: a NBR 13321 -
Membrana Acrílica para Im-
permeabilização regulamenta
o desempenho das membra-
nas acrílicas em superfícies
que ficarão expostas às intem-
péries, onde o trânsito é limi-
tado para manutenção even-
tual. Pontos como absorção de
água (que deve ser inferior a
15%) e alongamento mínimo
de 100% são exigidos para a
caracterização do produto.