Page 51 - 05

Basic HTML Version

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
51
conjuntura
Construção civil ainda sofre com a falta de
mão de obra qualificada
Apesar da desaceleração no crescimento do setor, a demanda por qualificação no
canteiro de obra continua elevada
Em 2012, alguns índices apontaram
para uma desaceleração e uma possível
queda nas atividades do setor da con-
strução civil. Foi o que mostrou o Índice
da Confiança da Construção Civil (ICST),
que caiu pela terceira vez consecutiva
neste ano. A pesquisa Sondagem Conjun-
tural da Construção, divulgada em setem-
bro pela Fundação Getúlio Vargas (Ibre/
FGV), registrou uma queda de 5,6 pontos
mensais entre os meses de maio e de agos-
to deste ano. Segundo Luiz Carlos Wic-
newski, mestrando em engenharia civil e
professor do curso de gerenciamento de
obras do Centro de Educação Profissional
de Design, Artes e Profissões, o setor está
crescendo menos que em anos anteriores,
mas a falta de mão de obra qualificada
ainda é um problema enfrentado no seg-
mento.
“Apesar da desaceleração no mercado
da construção civil, o setor ainda sofre
as consequências da falta de mão de obra
qualificada. No geral, faltam profissionais
de todas as áreas como eletricistas e en-
canadores, mas é na parte de acabamento
que temos maior escassez. Profissionais
que trabalham com revestimentos, por ex-
emplo, são os mais difíceis de serem en-
contrados”, explica o professor.
Para ele, o que aconteceu foi que muitos
profissionais não acompanharam o boom
imobiliário do Brasil e não atualizaram
seu conhecimento, ou, simplesmente, mi-
graram de área. “O resultado desse prob-
lema é que as empresas também não con-
seguem qualificar o profissional a tempo
e tentam suprir essa falta de capacitação
com a prática no próprio canteiro de obra,
o que nem sempre tem o efeito esperado”,
avalia.
De acordo com Wicnewski, em alguns casos as
empresas têm que buscar profissionais de fora do
Estado para tentar suprir a demanda. “Essa prática
se tornou bastante comum, pois dependendo do ta-
manho do empreendimento e dos prazos da obra,
não há outra solução a não ser optar por profission-
ais de outras regiões”, afirma.
O Centro de Educação Profissional de Design,
Artes e Profissões atua desde 1998 na área de ensino.
A empresa tem como objetivo qualificar profission-
ais diferenciados e competentes, oferecendo cursos
que atendam as necessidades atuais do mercado. A
instituição é reconhecida pela Secretaria do Estado
de Educação, cadastrada no Ministério da Educa-
ção e regulamentada pelos órgãos de classes, como
Associação Brasileira de Design de Interiores e do
Convention Bureau. Possui três cursos técnicos, dez
de pós-graduação e oito de extensão, nas áreas de
design, decoração, gestão de eventos, paisagismo,
construção e de esportes.