Basic HTML Version
REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
17
Aditivos para Concreto
estado endurecido, diminuindo os cus-
tos de produção e o impacto ambiental
pela otimização do cimento”, destaca
Fabricio André Buzeto, gerente regio-
nal de P&D da BASF.
A nova geração de aditivos dire-
cionados ao mercado da construção
civil ainda cumpre com as demandas
e megatendências ambientais, com
apelo verde, eficiência e menor VOC.
Além disso, os aditivos visam alta per-
formance, flexibilidade e multifuncio-
nalidade para utilização em diversos
sistemas de preparo e aplicação.
Atualmente, os aditivos químicos
são parte integrante de misturas ci-
mentícias devido às diversas vantagens
que proporcionam às suas proprieda-
des nos estados fresco e endurecido. “A
principal função dos aditivos é reduzir
a quantidade de água no concreto por
meio da dispersão das partículas de
cimento. O uso de aditivos químicos
permite a produção de materiais ci-
mentícios para uma grande variedade
de aplicações e propriedades reológi-
cas. Existe no mercado uma grande
variedade de produtos, plastificantes,
superplastificantes, incorporadores de
ar, redutores de retração, retardadores,
aceleradores etc. As vantagens podem
ser observadas em função dos inú-
meros benefícios oferecidos por eles,
comomelhoria da trabalhabilidade das
misturas, maior viabilidade e agilidade
de execução de obras, capacidade de
modificar os tempos de pega, aceleran-
do ou retardando acabamentos, aplica-
ções e resistências, reduzindo tensões
de origem térmica, melhorando apli-
cação em determinados ambientes, e
ainda aumento da durabilidade das es-
truturas de concreto”, destaca Rodrigo
Golvea, analista de serviços técnicos da
Grace.
Hoje, com o advento dos aditivos é
possível a fabricação de cimentos, con-
cretos e argamassas para as mais varia-
das aplicações e em alguns casos mais
de umaditivo pode ser aplicado para se
obter uma determinada propriedade.
Mercado
Os aditivos para concreto acompa-
nham o crescimento do mercado da
construçãocivil, quevemapresentando
um constante crescimento estimulado,
principalmente, pela proximidade da
Copa doMundo de 2014 e Olimpíadas
de 2016, e pela queda dos juros básicos.
“Esses eventos levarão à retomada dos
investimentos e puxarão o avanço do
PIB (Produto Interno Bruto) para per-
to de 4%. Os investimentos privados
devem crescer, o consumo das famílias
deve continuar forte e seguirá robusto,
basicamente impulsionado pelo com-
portamento do mercado de trabalho,
do desemprego baixo e da renda real
crescente. O crédito facilitado também
vai impulsionar o consumo de forma
importante, o que não é novidade.
Com mais investimentos, a produção
industrial e a construção civil devem
aumentar, ocasionando o consumo de
materiais básicos, como o concreto”,
declara André Luis Rossi, consultor
técnico comercial da Kryton Brasil.
Golvea, da Grace, também confir-
ma que o mercado de aditivos cresce
no mesmo ritmo da construção civil
no Brasil, já que praticamente 100%
das centrais dosadoras de concreto
utilizam aditivos na composição do
concreto. “Não podemos esquecer
também das indústrias fabricantes de
pré-moldados de concreto, grandes
consumidoras dos aditivos, e a tendên-
cia é que esse crescimento semantenha
devido aos grandes investimentos do
governo em obras de infraestrutura”.
Os investimentos previstos para a
área de infraestrutura e a proximida-
de das Olimpíadas e Copa do Mundo
trazem grandes oportunidades para
a construção civil como um todo e
para o mercado de aditivos para con-
creto, utilizados em obras de todos os
portes. “Devido à importância destes
itens para a concepção de obras que
atinjam níveis de qualidade superiores
e em consonância com os requisitos
exigidos pelas normas técnicas, há um
grande potencial de crescimento. Vale
destacar que, em junho do ano passa-
do, a Viapol foi adquirida pela holding
norte-americana RPM International
Inc., e passou a integrar The Euclid
Chemical Group, unidade do Grupo
de Soluções de Construção da RPM
International - divisão controladora da
Viapol. Com isso, a oferta de produtos
na área de aditivos foi bastante amplia-
da, reunindo especialidades e tecno-
logias de ponta, atendendo de forma
ainda mais eficiente às necessidades do
mercado nacional”, destaca José Eduar-
do Granato, gerente comercial da área
de química para construção da Viapol.
Para Buzeto, da BASF, estudos afir-
mam que o nível de infraestrutura no
Fabrício André Buzeto, gerente regional de P&D
da BASF
Marina Gallo Boldrini, gerente de marketing
C7I e Food América Latina da CP Kelco