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CHEMICAL
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impermeabilizantes asfálticos
também da Vedacit/Otto Baumgart,
lembra que os produtos asfálticos
são encontrados na forma de pré-
fabricados e moldados in loco. “O
pré-fabricado é a manta asfáltica, e o
moldado in loco, a membrana, tam-
bém conhecida atualmente como
manta líquida (Vedapren). O asfalto
também pode ser vendido em barras
(Betume 2). Atualmente o asfalto a
quente complementa o sistema de
manta asfáltica.”
Como vantagens da manta asfál-
tica, Eliene destaca que espessura
e dimensões dos rolos são contro-
lados de fábrica. Permite rápida
liberação da área, podendo executar
o teste de carga d’água praticamente
em seguida. Já como desvantagens,
a manta asfáltica exige emendas,
“e a mão de obra tem de ser mais
criteriosa, gera muitos recortes, pre-
cisa de primer, maçarico e gás para
aplicar. Além disso, não pode ficar
exposta e requer proteção do sol e
UV (há mantas específicas, se for o
caso)”, ressalta a gerente técnica.
Já a membrana é de fácil aplicação
(na forma de pintura). Não tem
emendas, é monolítica, molda-se
facilmente ao ambiente. Sua aplica-
ção é feita com rolo, brocha, trin-
cha ou airless. O primer é o próprio
produto diluído com água e o custo
é mais reduzido porque não requer
outros produtos, como primer, ma-
çarico e botijão de gás. “E como
desvantagens, sua espessura depen-
de do consumo. Requer inclusão
João Roberto Ximenes, gerente de vendas da Vedacit/Otto Baumgart
Flávio de Camargo, gerente técnico e de marketing da Denver
Impermeabilizantes
de tela estruturante entre
a primeira e a segunda de-
mão. Não pode ficar expos-
ta, requer proteção do sol e
UV (devem ser utilizadas
membranas acrílicas se for o
caso). Não pode ter trânsito,
requer proteção mecânica e
deve-se seguir os intervalos
entre uma demão e outra”,
explica Eliene.
Para a gerente técnica da
Vedacit/Otto Baumgart, o
asfalto tem custo competitivo
em relação aos demais produ-
tos de impermeabilização. “Há mui-
to tempo é utilizado nas obras para
protegê-las contra a infiltração. Está
entre os primeiros sistemas de trata-
mento utilizados pela humanidade.
Apesar do avanço da tecnologia e da
entrada de outros produtos no seg-
mento, o asfalto tem se mantido pre-
sente e é especificado pelos maiores
projetistas de impermeabilização
para obras de diferentes portes.”
Alexandre Rodrigues, gerente de
produtos da Weber Saint-Gobain,
também defende que as principais
vantagens desses produtos são a fle-
xibilidade que os sistemas imperme-
abilizantes asfálticos (principalmen-
te as mantas asfálticas) possuem e a
consolidação dos sistemas na cons-
trução civil. Ele cita, ainda, como
principal desvantagem, a dependên-
cia de profissionais especializados e
capacitados para a aplicação.
“São produtos que apresentam
muito bom custo benefício
em função da diversidade de
aplicação. O crescimento do
mercado de mantas asfálticas
acompanha o crescimento da
construção civil, exceto para
obras autogerenciadas, que
normalmente não utilizam
esses produtos em função da
necessidade de mão de obra
capacitada para aplicação.
Há anos, os fabricantes estão
buscando a diferenciação na
linha de produtos de mantas
asfálticas, fornecendo pro-
dutos com acabamento, coloridos,
buscando aumentar a atuação no se-
tor de impermeabilização”, justifica
Rodrigues.
Custo e benefício
“O mercado de produtos asfálti-
cos no Brasil é bastante consolidado.
Os tradicionais sistemas de mantas,
soluções e emulsões possuem carac-
terísticas técnicas específicas que,
associadas a boas normas técnicas,
aplicadores experientes e um exce-
lente custo benefício advindo das
matérias-primas utilizadas, que são
abundantes, os tornam o sistema
mais adequado para muitas obras
imobiliárias”, defende Flávio de Ca-
margo, gerente técnico e de marke-
ting da Denver Impermeabilizantes,
justificando que sua participação
neste tipo de obra se destaca dos de-
mais sistemas, tendo a preferência
na escolha dos projetistas, especifi-
cadores e especialistas do setor.
Há custos para todos os bolsos,
conforme Camargo, desde produ-
tos de menor espessura, aos asfal-
tos modificados com polímeros
elastoméricos SBS ou, até mesmo,
com poliuretano, que são utilizados
em áreas com maior agressividade
química, assim como no caso das
mantas asfálticas, que podem variar
conforme a espessura desejada, tipo
e resistência do estruturante, carac-
terísticas de acabamento e tipo de
‘compound’ asfáltico, para obtenção
de produtos com excelente custo e