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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Impermeabilizantes Acrílicos
acima da média do mercado da cons-
trução nos últimos cinco anos. “São
esses produtos de aplicação mais
simples, que podem ser executados
por um pintor ou pedreiro, e que
têm sido largamente empregados
em reparos de infiltrações em casas
ou pequenos edifícios ou mesmo na
impermeabilização de novas obras
ou ampliações. Para essas situações
são uma alternativa economicamen-
te mais interessante do que outros
tipos de impermeabilização, como
as mantas asfálticas. Essas, por terem
uma instalação mais complexa e que
demandam mão de obra especializa-
da, seguem sendo indicadas e utiliza-
das, por exemplo, em grandes áreas
ou piscinas”, informa Gustavo Soares,
coordenador regional de marketing
para a área de químicos para cons-
trução da BASF.
De acordo com Carlos Tadeu
Nunes, coordenador regional de
vendas da Hagen, as primeiras im-
permeabilizações no Brasil utiliza-
vam óleo de baleia na mistura das
argamassas para o assentamento de
tijolos e revestimentos das paredes
que necessitavam de proteção. “A
impermeabilização entendida como
item da construção que necessitava
de normalização, ganhou no Brasil
um especial impulso com as obras do
Metrô de São Paulo, que se iniciaram
em 1968. A partir das reuniões para
se criar as primeiras normas brasilei-
ras de impermeabilização na Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) em virtude das obras do
Metrô, este mesmo grupo pioneiro,
após a publicação da primeira norma
brasileira de impermeabilização, em
1975, fundou o Instituto Brasileiro
de Impermeabilização (IBI), para
prosseguir com os trabalhos de nor-
malização e iniciar um processo de
divulgação da importância da imper-
meabilização, que prossegue até os
dias de hoje.”
A consciência sobre a importância
da impermeabilização em constru-
ções de todos os portes tem aumenta-
do ainda que de forma lenta e gradu-
al, o que também colabora para que a
linha de impermeabilizantes acrílicos
ganhe espaço. “Nas obras de porte já
é uma realidade, mas,
principalmente,
nas
construções populares
ainda temos um largo
potencial ascendente”,
conclui Nunes.
Utilização
O mercado brasileiro
encontrou nos imper-
meabilizantes acrílicos
facilidade em sua apli-
cação, por ser muito
semelhante a uma pin-
tura. “Dado à eficiên-
cia comprovada dessas
membranas
acrílicas
e sua praticidade de aplicação, sua
evolução é contínua e consistente,
conquistando mercado de outros
produtos que exigem equipamentos
mais complexos e mão de obra mais
aprimorada. Além disso, podem ser
aplicados em alvenarias em geral,
como lajes, piscinas, pequenas florei-
ras, áreas frias (banheiros, cozinhas,
sacadas), emendas de telhados com
calhas, rufos e afins”, destaca Sérgio
Lins Pontes, do departamento de
vendas técnicas da Oswaldo Cruz
Química.
Esse é um mercado em evolução
e embora o uso tenha crescido expo-
nencialmente nos últimos anos, os
impermeabilizantes acrílicos ainda
não são os mais utilizados no mer-
cado brasileiro. “Há outros tipos de
soluções indicadas para outras im-
permeabilizações, por exemplo, em
grandes áreas e onde haverá assenta-
mento de cerâmica ou pedras natu-
rais o ideal é que uma manta asfáltica
seja utilizada. É uma opçãomais cara,
mas ideal para este tipo de aplicação.
Já em áreas frias ou varandas, por
exemplo, as argamassas imperme-
abilizantes são ideias por terem um
bom desempenho e custo. Já os im-
Gustavo Soares, coordenador regional de
marketing para a área de químicos para
construção da BASF
Neide Jiuliani, gerente de pesquisa e aplicação e Luiz Carlos Pestana,
gerente de vendas para construção da Coatex
Emil Fehr, gerente de marketing da Lwart