Revista ConstruChemical - Edição 17 - page 7

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ENTREVISTA
Todas asparticularidadesdo local ondeo edifício foi erguido, na sededoGrupoBayer, localizadonobairrodoSocorro,
emSãoPaulo, foram levadasemconsideração.Desta forma, houveumaqueda significativanocustodeoperaçãodoprédio,
que consomemuitomenos energia e água, alémde ter umamaior durabilidade para uso em funçãodosmateriais utiliza-
dos. Itens comoventilaçãoe iluminaçãonatural, aproveitamentodeáguadachuva, utilizaçãodeenergia solar e isolamento
térmico se tornam aliados duranteo ciclodeusodoECB.
CONSTRUCHEMICAL - Como tem sido a visi-
taçãoaoECB?
FERNANDORESENDE -
Entre junho e outubro,
oprédio recebeu em tornode 500 visitantes, entre
eles universitários (graduação e pós-graduação),
empresas de consultoria, Câmaras de Comércio,
alémde profissionais como arquitetos e engenhei-
ros. Temos muita demanda, principalmente para
conhecero sistemadeenergia solar, queé suficien-
te paramanter o prédio, além de outrosmateriais
que atingemmáxima eficiência, comoo aproveita-
mentode águade chuva.
CONSTRUCHEMICAL - Hoje, no Brasil, isso é
muito importante, pois temos um alto custo de
energia elétrica e falta de água para abasteci-
mento.Comoo senhorvêessaquestão?
FERNANDORESENDE -
As pessoas querem sa-
ber como se diminui o consumo de energia e de
água. Elas querem conhecer o que chamamos de
tecnologias passivas, como bom isolamento tér-
mico, luz natural, enfim, usar o clima para gerar
o necessário. Por exemplo, para gerar luz, eu uso
o sol; para gerar conforto térmico, uso o vento e a
proteção térmica contra o sol. Isso são formas de
melhorar a eficiência dos prédios. Aqui usamos
um conceitoque vemdesde 2009naBayer e este é
o sextoprédioqueaempresaconstruiunomundo,
dessa forma, acumulando expertise. O penúltimo
foi construídona Índia, que já tinha condições tér-
micas parecidas, com temperaturas que variamde
50º Cno verão, até 0º Cno inverno. Trouxemos o
modelode lá para oBrasil e está dando certo, pois
só a eficiência energética já está em 70%. Espera-
mos que até fevereiro este seja oprimeiroprédiobrasileiro a ser
autossuficiente em energia.
CONSTRUCHEMICAL -Osenhorachaque,noBrasil, aspes-
soas ainda enxergam essas iniciativas como custo, a despeito
da consciência sustentável?
FERNANDO RESENDE -
Quando começamos em 2006 com
o Greenbuilding no Brasil, não havia escala para os produtos.
As tintas base água sãoum exemplo, pois tinhamum alto custo.
Atualmente, esses custos sãopraticamenteequivalentes, easpes-
soas foram percebendo valor nisso. O LED também vem redu-
zindocustos,poisuma lâmpadaLEDgeraumaeconomiade90%
em relaçãoàs tradicionais.Tudobemqueocustodelaé superior,
mas o seu custo vem diminuindo ano a ano, pois vem aumen-
tando a escala. Dessa forma, conforme a escala vem aumentan-
do, os custos vêm caindo. Só que, em outros países, existem leis
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