Revista ConstruChemical - Edição 17 - page 8

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ENTREVISTA
que forçam as pessoas a reduziremo consumo ano
após ano. E aqui nós não temos leis nesse sentido,
oque faz comqueomovimento sejamais voluntá-
rio,poisaspessoasaderemporconsciênciaprópria
oupor uma questãode imagemdas empresas. Lo-
gicamente, se tivéssemos legislaçãoem tornodisso,
a coisa andariamais rápido.
CONSTRUCHEMICAL - Não existe nenhum
movimento em torno de se aprovar legislações
que levemaosmateriais sustentáveis?
FERNANDO RESENDE -
Quando eu falo da
questão voluntária, existem os selos, as certifica-
ções, como LEED, Acqua, oGBC. E tem outra li-
nha, que para os prédios públicos federais é uma
coisa mandatória, onde são utilizados níveis de
eficiênciamelhores, com vários itens “verdes”. E o
próximopasso seria estender issopara o setor pri-
vado, cujas previsões estão para cinco a dez anos
para frente.
CONSTRUCHEMICAL - No entanto, até pouco
tempo, o Brasil estava em quarto lugar na im-
plantaçãodeprédios certificados...
FERNANDORESENDE -
Agoraele jáestáem ter-
OPrograma ECB
OProgramaEcoCommercial Building integraoProgramaBayer deClimanomundo, que reúne as ações da em-
presa para a preservaçãodomeio ambiente. A iniciativa foi lançadamundialmente em 2009 e garante a construção
de prédios adaptados às condições climáticas de qualquer lugar do planeta e que operam com baixo consumo de
energiaerecursosnaturais.Para isso, sãoutilizadosmateriais inovadorese tecnologiasquepossibilitamousode fon-
tes renováveis de energia, tratamento e reaproveitamentode água das chuvas, controle eletrônicoda luminosidade,
dentreoutras soluções.
NoBrasil, foi lançado em 2012, quando aBayer implantouum centrode excelênciapara apoiode profissionais e
deempresas interessadas emconstruirde forma sustentável.Nessemesmoano, acompanhiaanunciouaconstrução
doprimeiroECBnaAméricaLatina. Prédios dessa iniciativa já existemnaAlemanha, Bélgica, China, EstadosUni-
dos, ÍndiaeTailândia.NoBrasil, oECB funcionarácomoespaçodeconvivênciados2mil colaboradoresdaunidade,
alémde ser abertopara visitação, treinamentos e eventos em construção sustentável.
ceiro lugar, atrás apenas de
Estados Unidos e China, e
é totalmente voluntário.
CONSTRUCHEMICAL -
Isso se deve à grande de-
manda pelas construções
nopaís?
FERNANDO RESENDE
-
Percebeu-se que o custo
adicionalnãoé tãoalto, es-
tandonamédia em7%. Só
que isso é recuperável não
sóna economia de energia
como na própria imagem.
Já há pesquisas que mos-
tram que algumas pessoas
aceitam pagar 5% a mais
paramorar em um prédio
sustentável, com aparta-
mentos que incorporem princípios de sustentabilidade, como
aproveitamento de água de chuva, luz mais eficiente e aqueci-
mento solar.
CONSTRUCHEMICAL -Quem sãoosparceirosdoECB?
FERNANDO RESENDE -
Hoje, nós temos as ONGs, como o
GBCBrasil, que têmuma presençamuito forte e fazemum tra-
balhoparaqueaconstrução trabalhenesse sentido; asconstruto-
ras, queperceberamquepodemaumentarovalorfinal devenda,
inclusive como diferencial de venda, porque o cliente valoriza
aquilo (existe um índice quemostra quemais de 40% dos pré-
dios em lançamento entreRiode Janeiro eSãoPaulo sãoprédios
verdes); aprópria indústria, por exemplo, aBayer, que já tem es-
ses produtos lá fora e é só trazer pra cá; noBrasil existe também
uma realidade agrícola muito grande que demanda isolamento
térmicoem suaconservaçãodealimentos, queéo fortedaBayer.
Isso tambémseestendepara indústriasemgeral, supermercados,
shopping centers etc.
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