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CONSTRU
CHEMICAL
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ARTIGO
adiante. Outra forma de classificação está relacionada ao tipo de
superfícieque conteráopoliuretano (facings), quepode ser rígida
ouflexível, demetal, plástico, madeira ou papel. Por fim, deve-se
considerarograuderesistênciaachamas, sendopossível trabalhar
commateriais semnenhum retardante, atéoutros comuma resis-
tênciaexcepcional.
A fabricação de painéis de forma contínua é uma tecnologia
relativamente nova, na qual opoliuretano rígido é coladodema-
neira contínua nas paredes externas, que podem ser demateriais
diversos, em suamaioria, porém, metálicos. Demodo geral, essa
aplicação requer equipamentos consideravelmente sofisticados
e caros, ou seja, são necessários investimentos iniciais altos, mas
gastos operacionais muito inferiores aos de qualquer operação
descontínua. Todos os agentes de expansão mencionados ante-
riormente sãocompatíveiscomoprocessodeDBL,noqual aDow
possui formulações adequadas para todos os casos.OpainelDBL
mais comum consiste em capas externasmetálicas comnúcleode
poliuretano rígido de células fechadas, com densidade entre 35 e
40kg/m³.Dependendodas característicasdesejadasde retardante
de chamas, os painéis DBL são geralmente fabricados com PUR
(poliuretano) ou PIR (poli-isocianurato), sendo que esse último
oferecemaisbenefíciosdopontodevistade resistênciaachamas.
CONSTRUINDOCOMPAINÉISPUR/PIR
As edificações (supermercados, aeroportos, câmaras, arma-
zéns) construídas com esse tipo de painel apresentam caracterís-
ticas singulares. Leveza, resistência estrutural, rigidez, resistência
a chamas e, logicamente, isolamento térmico, entremuitas outras
jádestacadas.Dopontodevistadaconstrução, tambémpodemos
citar:mais rapidezquando comparado a construções tradicionais,
designs variados (plano, ondulado, telhas), diminuiçãodageração
deresíduos, consumomínimodeágua, alémdo tipoecaracterísti-
casdas superfícies (rígidasouflexíveis,metálicas, deplásticoetc.).
É importante ressaltar o uso crescente do PU tanto em
construções comerciais quanto residenciais. Primeiramente, o
mercado reconhece cada vez mais a necessidade de isolamento
térmico. Nesse aspecto, as construções com isolamento estão
aumentando em comparação comoutras sem isolamento; eopo-
liuretanoécadavezmaisusadoparasubstituiroutros isolantes tra-
dicionais, comoopoliestirenoea lãdevidro, graçasaosbenefícios
em termosde isolamento,quepermitemumareduçãosignificativa
naespessuradasparedese telhas, entreoutros.OusodoPIRcomo
substitutodoPUR tambémvemsendo impulsionadoporquestões
de segurança, legislações e normas. Esses trêsmovimentos (isola-
mentox sem isolamento, poliuretanoxpoliestirenoe lãdevidroe
PIRxPUR)ocorremsimultaneamente,oquevemcriandooportu-
nidades significativasparaas construções àbasedePU.
SUSTENTABILIDADE
Além da redução de custos com energia (menor necessidade
de controle de temperatura dado o isolamento térmico e, conse-
quentemente, redução nas emissões de gases do efeito estufa), as
construções àbasedepoliuretano tambémproporcionambenefí-
ciosem termosde reutilizaçãoe reciclabilidade, jáqueosmódulos
podem serdesmontadose remontadosem tempo re-
corde. Aquestãoda sustentabilidade é umdestaque,
poisessasconstruçõesgeramumaquantidademenor
de resíduos quando comparado às construções con-
vencionais e necessitam de uma quantidade menor
deágua–umrecurso tãopreciosonosdiasdehoje.A
quantidadedeáguautilizadana fabricaçãodepolióis,
de painéis dePU eda edificaçãofinal como sistema
deconstruçãoa secoémínima.
As contribuições do PU para o meio ambien-
te são diversas. A fabricação do óxido de propileno
(PO) tem pegada de carbono reduzida, os polióis
são fabricados com matérias-primas parcialmente
renováveis e há utilização de agentes de expansão
com efeitos quase nulos para a camada de ozônio e
gases do efeito estufa. Em resumo, além de sua alta
resistênciamecânica, estabilidade química e física e
atendimento às rígidas normas internacionais de re-
ação ao fogo, também permitem aminimização do
usode ar condicionado ede sistemas de aquecimen-
to,mais um aspectoque reduz apegadade carbono.
Há ainda menos desperdício durante a construção
em si, redução no uso de água durante todo o pro-
cessode suaprodução edaobra e apossibilidadede
reutilização e reciclagem de construções modulares
temporárias, estando em conformidade inclusive
comosProtocolosdeMontreal eKyoto.
Valeencerrar evidenciandoqueaDow, comoPar-
ceira Oficial de Carbono dos Jogos Olímpicos Rio
2016, tem o compromisso demitigar 500mil tone-
ladas deCO2eq. Juntamente com oComitêOrgani-
zadordos JogosRio2016, acompanhia trabalhapara
gerar benefícios climáticos adicionais de 1,5milhão
deCO2eq até 2026, destinados a outras emissões li-
gadas aos Jogos. Para atingir essameta, a Dow tem
incentivado o uso de tecnologias capazes demelho-
rar a eficiência energética em diversos setores por
meio de soluções inovadoras, como a utilização de
painéis de isolamento, tecnologia de alto desempe-
nhoque garante competitividadeparaomercadoda
construçãocivil dehojeedo futuro.
*MARCELO FISZNERÉDIRETORDEMARKETING
PARA POLIURETANOSDADOWNAAMÉRICA LA-
TINA