Revista ConstruChemical - Edição 34

REVISTA CONSTRU CHEMICAL 13 TECNOLOGIA Na cidade de Balneário Cambo- riú, em Santa Catarina, estão os pré- dios mais altos do Brasil, com até 80 andares. O terceiro edifício mais alto do país fica na cidade, já está em cons- trução e terá 69 pavimentos. Quando pronto, em 2019, o Infinity Coast terá 226 metros de altura com 19 lojas e 116 unidades residenciais. Um dos maiores desafios de uma obra dessa envergadura é o transpor- te dos materiais de construção até os locais onde eles serão aplicados. No caso da argamassa, item utilizado em diversas etapas de uma obra, é preciso levá-la para todos os andares, inclusi- ve lá no último, a 220 metros do chão. Bombear argamassa verticalmente é uma técnica já comum no mercado. A questão central no caso de prédios extremamente altos é como fazer com que este material chegue ao destino com as mesmas características e qua- lidade que tinha em sua origem, no andar térreo da obra, mesmo após o processo de injeção de ar e de pressão a que é submetido. No projeto do Infinity Coast, a Vo- torantim Cimentos utilizou o sistema a granel para o fornecimento da ar- gamassa Matrix, o que proporcionou mais eficiência ao processo. “Este sis- tema tem vantagens se comparado aos sistemas convencional e ensacado. Com a instalação de um silo metálico com capacidade de 24 toneladas que ocupa uma área de apenas 9m², é pos- sível otimizar o espaço além do recebi- mento, transporte e mistura no andar de aplicação que fazem parte do siste- ma”, explica Charles Barroso, consultor de operações da VotorantimCimentos. O bombeamento de toneladas de argamassa 200 metros acima preci- sou ser estudado minuciosamente para que o produto chegasse no andar desejado com a mesma qualidade de antes do transporte. Anteriormente, o equipamento da Votorantim Cimen- tos era capaz de atingir ‘apenas’ 120 metros de altura. Uma alternativa foi acoplar um outro equipamento para aumentar a altura. No entanto, Barroso expli- ca que, ao aumentar a quantidade de compressores, além de necessidade de cargas elétricas adicionais, é preciso eliminar este ar quando ele chega na ponta, ou seja, fazer a descompressão do sistema. Outra alternativa foi bom- bear até os 120 metros e, sem seguida, rebombear com outro sistema. Em ambos os casos, a qualidade e as pro- priedades do produto se perdiam. O que resolveu a questão foi o sis- tema de Venturi, que faz um balan- ço entre a quantidade de entrada de material e o volume de ar necessário para o transporte. “Foi necessário, mensurar a perda de carga do sistema, o que foi feito através de cálculos, e então encontramos o correto balan- ço”, comemora Barroso. Para chegar nesse balanço, a equipe de engenharia fez cálculos considerando a perda de carga do sistema utilizando informa- ções como velocidade do transporte, densidade e capacidade volumétrica, à medida que o material ia subindo, a perda de carga acontecia. Esse recente marco reforça o empe- nho da empresa em desenvolver solu- ções inovadoras para seus clientes. “A inovação faz parte da Votorantim Ci- mentos, não apenas na oferta do por- tfólio diversificado, que atende todos os perfis de cliente, mas também em serviços que proporcionam mais pro- dutividade e eficiência para as obras onde estamos presente”, reforça Car- los Flores Escalona, gerente geral de operações de argamassa da empresa. Ele lembra que essa inovação também pode ser comprovada em outros ca- sos, como no da Cidade Matarazzo, em que a empresa utilizou um con- creto com particularidades específicas de restauração e preservação do patri- mônio histórico Votorantim Cimentos bombeia argamassa a 226 metros de altura A EMPRESA DESENVOLVEU TÉCNICA DE BOMBEAMENTO VERTICAL QUE LEVA TONELADAS DE ARGAMASSA AO TOPO DE UM DOS PRÉDIOS MAIS ALTOS DO BRASIL

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