Revista ConstruChemical - Edição 15 - page 16

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CONSTRU
CHEMICAL
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AditivosPolifuncionais
eficiência é muito superior à da-
quela época, devido às melhorias
em processos e matérias-primas
e, também, ao seu excelente cus-
to benefício. “Posteriormente a
essas bases químicas, que são a
primeira geração dos aditivos
plastificantes, existem mais duas
gerações: a segunda geração, que
são os naftalenos sulfonados e
melaminas sulfonadas, que come-
çaram a ser largamente utilizadas
nos anos 1970, hoje está em desu-
so; e a terceirageraçãode aditivos,
que são os poliéteres carboxilatos,
os quais são moléculas desenvol-
vidas especificamente para inte-
ragir com aglomerantes emmeio
aquoso (concreto, por exemplo)
e são extremamente eficientes e
utilizados na fabricação dos mais
poderosos aditivos superplastifi-
cantes”, diz Santos.
Águanamedida certa
Augusto Cesar Abduche Cor-
rêa, da Bautech, pontua que, para
conseguir um cimentomais ‘plás-
tico’, no canteirode obra, costuma
acontecer o errodeusarmais água
namistura. “Para atingir a consis-
tência, ‘molinha’, como é chama-
do dentro da obra, o profissional,
muitas vezes, colocamais água do
que o necessário com o aditivo;
ele chega a esse resultado espera-
do sem prejudicar a qualidade do
concreto. O aditivo é a segurança
dentro do canteiro de obra.”
Inovaçõestecnológicas
Moreira Kirke, da QGP, conta
que a empresa investe entre 5%
e 10% da venda líquida de pro-
dutos em novas descobertas tec-
nológicas e destaca como última
evolução nos aditivos para con-
creto os mid-range. “Esses aditi-
vos possuem a mesma função de
um polifuncional para concreto,
porém, com maior redução de
água. Em outras épocas, não se
pensava em desenvolver aditi-
vos com essa tecnologia, devido
à falha de manutenção de abati-
mento, ou seja, os mesmos per-
diam fluidez e plasticidade com
rapidez (aproximadamente cinco
vezes menos desempenho que
os polifuncionais tradicionais).
Hoje, as indústrias já investiram
na solução desse problema, tor-
nando essa tecnologia um ótimo
custo benefício. Depende do caso,
você consegue produzir traços de
FCK 40 com quantidade de ma-
terial do FCK 30, utilizando, por
exemplo, um aditivo do tipo MC
Powerflow 520”, explica Moreira.
Santos, da Sika, revela que a em-
presa investe 10% do faturamento
para a pesquisa de diversas bases
químicas para atender as varie-
dades de cimento. “Polifuncio-
nais de nova geração, chamados
de mid-range, são obtidos pela
produção da própria indústria,
ou seja, conseguimos desenvolver
qualquer aditivo para qualquer
necessidade.”
Menos despesanaobra
Redução de custo é o gran-
de desafio dentro do canteiro de
obra, não importa o tamanho da
construção. Cortar despesas sem
abalar a qualidade do serviço é
sempre procurado. Os aditivos
plastificantes e superplastifican-
tes também atuam neste senti-
do, pois deixam a mistura plás-
tica permitindo a diminuição da
quantidade de água necessária
para produção do concreto. Com
menos água de constituição o
concreto fica mais resistente e de
melhor qualidade. Outro atribu-
to é a redução do uso de cimen-
to na relação água e cimento.
Carolina Rojas, engenheira de
projetos de tecnologia, e Fernan-
do Brazão, coordenador de ven-
das de aditivos para concreto da
BASF, mencionam que, visando
reduzir o consumode água emum
canteirodeobras, alémda águano
concreto podem ser feitas diver-
sas ações. “Utilização de torneiras
com acionamento automático nos
banheiros, instalação de tempo-
rizadores nos chuveiros, uso de
água de chuva para descargas de
vasos sanitários e limpezadaobra,
usode água de chuva para cura de
concreto e dosagem de argamas-
sas na obra”, são alguns exemplos
citados por Carolina e Brazão.
Para ter maior redução de água,
Kirke, da QGP, aconselha esco-
lha cautelosa de ensaios de mate-
riais que compõem os concretos,
como excelentes granulometrias
de agregados, poucos materiais
finos, poucas contaminações nas
matérias-primas. “Uma areia com
bastante material fino, por exem-
plo, exige uma quantidade maior
de água para produzir fluidez no
concreto. Um agregado graúdo
com bastante irregularidade de
formas trava a fluidez do concre-
to, exigindo tambémmais água.”
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