REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Indústrias
a sustentabilidade econômica presente”, compara
Renato Kunst.
O neto e atual presidente executivo das Empre-
sas Artecola, Eduardo Kunst, destaca também a
visão de sustentabilidade social de Xavier. “Ele ti-
nha um grande envolvimento com a comunidade
e praticava ações sociais como cidadão e como
empresário, apoiando atividades e projetos. Esse
foco também ficou como legado em nossa cul-
tura empresarial, hoje materializado através da
Fundação Francisco Xavier Kunst, com projetos
em diversos países”, relata. A entidade desenvol-
ve ações socialmente responsáveis para o público
interno e para as comunidades onde a companhia
está inserida, respeitando a valorizando a cultura
local.
O pilar ambiental da sustentabilidade também
já estava presente na visão do fundador, e foi ou-
tro aspecto internalizado em sua empresa. “Hoje,
os ganhos ambientais que um novo produto pro-
porciona são critérios decisivos na definição de
novos projetos a serem desenvolvidos”, acrescen-
ta Eduardo Kunst. “É uma visão de sustentabili-
dade que ficou de um empresário que tinha noção
de sua importância como agente transformador e
que agia com responsabilidade diante dessa mis-
são. Agimos no presente comprometidos com o
futuro, seguindo os ensinamentos deixados por
nosso fundador”, salienta.
Empresas Artecola
Toda essa visão sustentável é praticada e aper-
feiçoada desde maio de 1948, ano de fundação
das Empresas Artecola. A pequena fábrica que
produzia apenas para indústrias calçadistas das
proximidades - e persistiu por quase 10 anos ape-
nas com a força de trabalho de Francisco Xavier
Kunst e de sua família – hoje está presente no
Brasil, Chile, Argentina, Peru, Colômbia, Méxi-
co e China, atuando em diferentes setores, como
moveleiro, calçadista, papel e embalagem, trans-
portes, energia eólica, segurança do trabalho e
construção civil, entre outros. “Nosso fundador
nos ensinou a inovar, a acreditar em uma ideia, a
persistir em busca de um sonho, e nunca deixar
de lado a visão comunitária. As Empresas Arte-
cola são um reflexo dessa postura pessoal que se
tornou nossa cultura empresarial”, enfatiza o pre-
sidente executivo.
Quem foi Francisco Xavier Kunst?
Filho de imigrantes alemães, Francisco Xavier
Kunst nasceu em 18 de fevereiro de 1915, em San-
ta Maria do Herval (na época, município de São
Leopoldo), regiãometropolitana de PortoAlegre.
Desde muito cedo se importava com o próximo,
fato que o intencionou a ser irmão marista, in-
gressando no Instituto Champagnat, em Porto
Alegre, curso que não concluiu.
Utilizando-se do conhecimento adquirido no
seminário, Xavier Kunst foi professor primário
em Sapiranga. Em 1934, casou-se com Irma La-
nius, com quem teve cinco filhos: Serena, Sebal-
do, Renato, Livino e Marlene, 19 netos e dezenas
de bisnetos. Em 1935, mudou-se paraNovoHam-
burgo, passando a atuar no ramo calçadista.
Dedicado, Francisco aprendeu a fabricar colas
e tintas na Fábrica de Calçados Adams (1942).
Aos finais de semana, aperfeiçoava seus conheci-
mentos com um professor de Química. Com todo
o conhecimento adquirido em seis anos de atua-
ção na área, Kunst fundou em 1948 a Fábrica de
Tintas e Colas Ltda. (posteriormente chamada de
F. Xavier Kunst &Cia.), atual Empresas Artecola.
Além da preocupação de manter-se competi-
tivo no setor, Francisco Xavier Kunst sempre se
preocupou com o bem-estar dos colaboradores de
sua empresa e com a comunidade. Ações sociais
e cuidados constantes com o bem-estar de seus
colaboradores sãomarcas registradas das Empre-
sas Artecola, TOP Ser Humano 2014 (ABRH-RS).
Em homenagem a esse trabalho e ao seu legado
cidadão, em 1985 foi criada a Fundação Francisco
Xavier Kunst, responsável pela atuação social das
Empresas Artecola.
Além de empresário, Francisco Xavier Kunst
teve atuação junto às associações de classe, bus-
cando melhorias para o setor e comunidade. Os
integrantes da família que atuam nas Empresas
Artecola seguem essa postura engajada, integran-
do diversas entidades setoriais.
Em 1992, Francisco recebeu o prêmio Mérito
Industrial – FIERGS/CIEGS, como reconheci-
mento de seu talento como empreendedor. Rece-
beu, em 1996, o títulodeCidadãoHamburguense,
pelos relevantes serviços prestados à comunida-
de; e na passagem dos 75 anos da cidade de Novo
Hamburgo, em 2002, recebeu o diploma Amigo
de Novo Hamburgo.
