Revista ConstruChemical - Edição 19 - page 28

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CONSTRU
CHEMICAL
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mercado
Vendasdematerial deconstrução
cresceram2,8%em2014
Faturamentodosetornoano foi deR$ 60bilhões, batendonovorecorde
histórico. Para 2015,Anamacoprevêdesempenho6%superior
As vendas do varejo de material de construção cresceram 2,8% em
2014na comparação com2013, eo setor bateunovo recordehistóricode
faturamento anual: R$ 60 bilhões. Os dados são do estudomensal reali-
zado pelo Instituto de Pesquisas daUniversidadeAnamaco com o apoio
daAbrafati, InstitutoCrisotilaBrasil, InstitutoAçoBrasil, Anfacer, Afeal
e Siamfesp.
“A nossa previsão inicial, que era de 7,2% de aumento de vendas em
2014, não se concretizouporque tivemosuma sériedeobstáculos ao lon-
go do ano. O setor teve comportamento atípico durante diversosmeses.
Emmarço, por exemplo, algunsdosnossos segmentos registraramqueda
devendasehaviamapresentadograndecrescimentoem fevereiro.Depois
tivemos Copa do Mundo, uma série de feriados prolongados, eleições,
que é uma época que traz uma certa insegurança ao consumidor devido
à incertezado futuro. Estamos fechandoo ano comumdesempenhoque
não foi o ideal,mas aindaassimbatemos recordede faturamento”, declara
ClaudioConz, presidentedaAnamaco.
O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os
dias 17 e 20de dezembro e revelouque as vendas noúltimomês do ano
tiveramdesempenho2% superioranovembro.Nacomparaçãodezembro
de2014 sobreomesmomêsdoanopassado, o setor também registrou2%
de crescimento.
O desempenho positivo, no entanto, só foi registrado nos estabeleci-
mentosmenores.Nasgrandes lojasenoshomecenters, avariaçãonomês
foi 8%negativa.Quanto aodesempenho regional nomês dedezembro, o
Centro-Oeste apresentou 10% de crescimento sobre novembro, seguido
peloSudeste, com6%, eoNorte, com2%. JánoNordeste, asvendasdo se-
tor semantiveram estáveis, enquantonoSul elas tiveram retraçãode 3%.
“Todos os segmentos pesquisados em dezembro apresentaram cresci-
mentodevendas, comdestaquepara tintas (14%), cimentos (9%), ecaixas
d’água e telhas defibrocimento (6%)”, explicaConz.
Segundoele, os lojistas estãobastantedivididos com relaçãoaoquees-
perar para breve. A intençãodenovas contratações, por exemplo, retraiu
noNorte (-4%),mas cresceu fortemente noCentro-Oeste (8%) e ligeira-
mente no Sudeste (1%) eNordeste (3%). Já a pretensãode se fazer novos
investimentos nos próximos 12meses aumentou 11% Sul e 6%Centro-
-Oeste,mas retraiu5%noSudeste, 4%noNorte e 1%noNordeste.
Para 2015, a Anamaco espera um cenáriomais positivo: “Se conside-
rarmos os dias úteis amais que teremos este ano e uma inflação setorial
de 8% somados ao potencial de consumo, podemos projetar um cresci-
mento real de 6% para 2015. Acreditamos que a nova equipe econômi-
ca do governo fará os ajustes necessários e de forma suave para que a
economia continue crescendo semque ocorramaior perdade emprego e
renda. Além disso, percebemos uma grande preparação dos bancos pri-
vados em recuperar sua fatia nomercado de financiamentos ao consu-
midordematerial de construção, perdida
nos últimos anos, sem falar nos finan-
ciamentos imobiliários, que continuam
batendo recordes sucessivos. Ou seja, o
cenáriocontinua sendootimistaparaeste
ano por conta desses e de outros fatores”,
completaConz.
Opresidente daAnamaco, no entanto,
sabequeo setor também terágrandesde-
safios em2015, principalmenteno tocan-
te à gestão equalificaçãoprofissional:
“A única forma de superarmos obstá-
culos comoos que apareceram em2014 é
melhorando a gestão e a capacitação dos
nossosprofissionais em todososníveis.A
cada ano, vemos crescer a concorrência
com outros setores pelo bolso domesmo
consumidor, que, por sua vez, continua
querendo os nossos produtos. A casa
voltou a ser prioridade para as pessoas e
seus desejos demelhoria, embelezamen-
to,manutençãoe readequaçãopovoamos
sonhos demilhões de consumidores, que
sópodem realizá-losnas lojasdematerial
de construção. Apesar de todos os esfor-
ços, o nosso ‘calcanhar de aquiles’ conti-
nua sendo a profissionalização de nossos
empregados em todos os níveis, desde o
balconista até o dono da loja. O que está
certo é que teremos muito trabalho pela
frente e isso não assusta as pessoas que
trabalhamna indústria e no comérciodo
nosso setor”, finalizaConz.
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