Revista ConstruChemical - Edição 30

REVISTA CONSTRU CHEMICAL 18 ADITIVOS PARA CONCRETO água, 273 mil toneladas de cimento, além de ter deixado de emitir 150 mil toneladas de dióxido de carbono (CO 2 ). “Nosso gran- de diferencial é o trabalho de ‘taylor made’, no qual desenvolvemos o produto em par- ceria com o cliente para atender às suas ne- cessidades”, orgulha-se. ESCOLHAS DOS ADITIVOS Antes de decidir qual empresa será a fornecedora dos aditivos, é indicado veri- ficar se os aditivos para concreto atendem as Normas Técnicas Brasileira – NBR 11768 e NBR 10908. Além disso, são imprescin- díveis o suporte técnico e o conhecimento do fabricante para os concretos aplicados. Feital, da Polyorganic, acredita que a esco- lha de um bom aditivo se reflete muito em saber quais especificações são requisitadas no concreto da obra e analisar o sinergismo do aditivo em seu traço . Ariane, da BASF, aconselha realizar alguns testes, como ma- nutenção de slump e avaliação de resistên- cias, que indicam se o concreto está com as propriedades necessárias para ser utiliza- do na obra. Mas na obra é possível notar a qualidade dos aditivos. “Um bom aditivo contribui para o acabamento final do con- creto, sem trincas, bicheiras, entre outros problemas.” EVONIK A empresa apresenta uma emulsão aquosa de silanos/ siloxanos com 50% de teor de ativos, pronta para uso. Deve ser adicionado diretamente no processo de fabricação do concreto, na proporção de 0,5l da formulação por saco de cimento de 50kg (1% do teor de cimento). “Esse ‘grade’ ga- rante proteção permanente contra corrosão, por atuar repe- lindo não só a entrada de água na estrutura, mas também interagindo quimicamente com a camada de passivação da vado, enquanto que no Brasil esse número ainda gira em torno dos 20%.” Ariane Li- nhares Delegá Zanetti, gerente de marke- ting da BASF, acredita que, apesar da crise que enfrenta o mercado da construção no Brasil, há inúmeras oportunidades. “Por mais que estejamos em uma fase difícil, ainda temos uma infraestrutura precária, que precisa ser desenvolvida e um déficit habitacional de mais de 6 milhões de resi- dências. Além disso, temos um percentu- al muito baixo da quantidade de cimento que vai para empresas, como concreteiras e fabricantes de peças pré-moldadas de concreto. Predomina ainda no país, por- tanto, a cultura da autoconstrução, que prepara o concreto no próprio canteiro de obras. Assim, temos um potencial grande para crescimento e evolução desse mercado.” BENEFÍCIOS GERAIS À OBRA Os aditivos oferecem benefícios e melhorias ao produto final, como o concreto, por exemplo. Eles proporcionam determinadas caracterís- ticas dependendo de cada necessidade, gerando melhor rendimento e desempenho. Em consequência, ajudam a racionalizar o uso dos mate- riais na obra, com mais economia e ganho de tempo. Conjuntamente, produtos de melhor qualidade tendem a ter maior durabilidade, re- duzindo a necessidade de reposição ou reformas mais frequentes, contri- buindo também com o aspecto da sustentabi- lidade. Ariane explica como os aditivos podem fazer a diferença na obra, exemplificando com a construção da usina Hi- drelétrica de Santo Antô- nio, onde foi promovida uma economia de mais de 188 mil toneladas de Roberto Gagliardi, gerente da J.Reminas Ariane Linhares Delegá Zanetti, gerente de marketing da BASF Holger Schmidt, gerente de produto da MC Bauchemie GUIA DE PRODUTOS barra de aço, promovendo uma forte proteção contra oxi- dação. A grande vantagem é a facilidade na dosagem, uma vez que também não interfere na quantidade total de água usada na fabricação da massa. Não provoca fechamento de poros da estrutura, e não há alteração das características do concreto durante sua cura, como seu tempo, sua ‘trabalha- bilidade’ ou retração”, explicaThalita Bacci, coordenadora para as linhas de sílica.

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