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White tank versus Black Tank: soluções sustentáveis de impermeabilização do concreto são mais econômicas no longo prazo e preservam o meio ambiente

14/12/2022 - 16:12

Um dos principais desafios da humanidade é frear as mudanças climáticas; substituir processos insustentáveis de impermeabilização do concreto por soluções modernas de base mineral é fundamental

O setor da construção e, portanto, a indústria do cimento, estão no centro das ações para reduzir as emissões de carbono em nível global e ajudar a frear as mudanças climáticas. Na COP-27, realizada este ano no Egito, o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) chamou atenção para a necessidade de perseguirmos o concreto de carbono zero e substituir materiais nocivos ao meio ambiente por soluções sustentáveis. “Nesse sentido, substituir os métodos Black Tank de impermeabilização por White Tank é um caminho que a indústria da construção precisa perseguir”, alerta Cláudio Ourives, CEO da Penetron Brasil.  

O White Tank é um sistema para evitar a entrada de água, como em subsolos, e saída de água, como em reservatórios e piscinas elevadas: melhora o desempenho do concreto para resistir a pressão positiva e negativa. As paredes externas e lajes são produzidas com um concreto estanque, dispensando outras camadas de impermeabilização. Ou seja, o sistema White Tank utiliza a própria estrutura de concreto como elemento de impermeabilização e proteção. Para obter estanqueidade são utilizados aditivos de cristalização, como o Penetron Admix, que torna o concreto autocicatrizante, além de fitas hidroexpansivas para as juntas de concretagem e argamassas especiais cristalizantes.

Em contrapartida, o Black Tank se refere a estruturas também abaixo do solo que são impermeabilizadas com membranas de superfície, aplicadas do lado externo da estrutura e com uma camada de proteção mecânica. A impermeabilização é realizada com produtos como membranas asfálticas, PVC, argamassas aditivas com polímeros, pinturas de epóxi, poliuretano e derivados. Todos esses materiais são de base orgânica, podendo ser tóxicos. 

Além disso, necessitam de mão de obra para instalação e, em alguns casos, de equipamentos para solda a quente. Muitas vezes, são aplicados em ambientes confinados, colocando em risco a segurança e saúde dos trabalhadores. Com alta pegada de carbono, o Black Tank também pode gerar resíduos na obra que são classificados como nocivos ao meio ambiente.

Benefícios do sistema White Tank

Para citar alguns benefícios do sistema White Tank em relação ao Black Tank, vale dizer que o White Tank permite a obtenção de alto desempenho do concreto, além de estanqueidade e proteção da estrutura em contato com a água e agentes agressivos. A solução tem baixo custo de mão de obra, evita atrasos de cronograma, assegura obras enxutas e limpas, ou seja, Lean & Green, não utiliza materiais contaminantes ou nocivos, preservando o meio ambiente e atendendo a certificações ambientais como o LEED. Por não ser tóxico, o White Tank pode ser aplicado em ambientes confinados sem colocar em risco a segurança e a saúde dos trabalhadores. 

Na medida em que as soluções adequadas de impermeabilização e proteção do concreto são adotadas já na concepção do projeto, os custos com intervenções corretivas ou manutenções são drasticamente reduzidas. De acordo com a Lei de Sitter as intervenções corretivas podem ficar até 125 vezes mais caras que ações preventivas. Mais ainda, cada intervenção representa ainda mais emissões de carbono e danos ao meio ambiente.   

“Outro dado importante é que a pegada de carbono do sistema White Tank é até 11 vezes menor em relação aos materiais convencionais de base orgânica. Além disso, construções executadas com o White Tank tem um aumento na vida útil do concreto e da resistência à despassivação de até 30 anos em relação aos às construções sem adição dos produtos Penetron. Por fim, substituir os materiais com alta pegada de carbono por tecnologias de impermeabilização de base mineral, não tóxicas e nocivas à natureza é o primeiro passo para alcançarmos o concreto de carbono zero” finaliza Ourives.

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