A geração de resíduos na construção civil levanta uma problemática bastante conhecida, que chama a atenção de ambientalistas e que, em grandes centros urbanos, chega a ser questão de saúde pública: a da deposição do entulho. A reciclagem de resíduos sólidos de construções, reformas e demolições, além de gerar menos impacto ao meio ambiente, também favorece a economia de recursos naturais e reduz a energia despendida para a fabricação de novos componentes para a construção civil.
Atualmente, na maior cidade do País, são admitidas para coleta convencional (caminhão de lixo) até 50 Kg de entulho por dia, bastando que o entulho esteja devidamente acondicionado. Quando a obra gera mais de 50 Kg de resíduos sólidos, mas um volume inferior a 1 m3, os Ecopontos, na capital paulista, são a destinação mais conveniente. Volumes maiores exigem a contratação de serviços legalizados de caçambas, capazes de acomodar cerca de 4,5 m3 de resíduos. Nesse caso, a empresa transportadora que opera com a caçamba passa a ser responsável pela destinação do entulho.
Em poucos anos, no entanto, estima-se que a escassez de lugares para descarte elevará o preço para aterrar o material, problema que vem mobilizando a cadeia produtiva na busca de soluções para alternativas ambientalmente corretas, como a reciclagem. Outro fator de preocupação é a crise hídrica, que afeta a oferta de energia elétrica e encarece os custos de produção de novos componentes da construção civil, como insumos básicos.
Uma solução da CSM, uma das maiores e mais importantes empresas de máquinas para construção, foi desenvolvida especialmente para conter a geração de resíduos e livrar do descarte material que pode ser reaproveitado no próprio canteiro de obras. O equipamento é o TE 2 CSM, uma espécie de triturador compacto capaz de processar até 2 m3 por hora, transformando o resíduo em material reciclável. Mais leve e projetado para trafegar em corredores de prédios, o TE 2 CSM pode ser locado por poucos dias, dando fim aos resíduos de obras de pequeno e médio portes.
O entulho processado, no caso de concreto triturado, pode ter utilidade na própria obra, como agregado reciclado para concreto magro. Quando o resíduo inclui elementos cerâmicos, o resultado da moagem pode virar insumo no preparo de concreto não estrutural, usado como base para contrapiso e aterramento e nivelamento do terreno, entre outras aplicações.
“O gerenciamento de resíduos é muito importante para a qualidade do meio-ambiente. O descarte do entulho, se feito de maneira incorreta, pode poluir aterros e causar transtornos à mobilidade da população, caso em que os resíduos sólidos são depositados em áreas impróprias, de maneira clandestina. Com o TE 2 CSM e o processamento do entulho, o resíduo vira insumo para o setor da construção, com qualidade comparável ao dos materiais tradicionais. O processo de reaproveitamento também é poupador de energia, por reduzir a carência de novos componentes para a construção, como materiais básicos”, afirma Alexsandro Possani, gerente de marketing da CSM.
