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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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A química na construção civil
inclusive ecológicos ou mesmo não
reativos, como os flocos de vidro,
têm uma importante participação
na vida útil de qualquer obra.”
Rafael Bueno de Carvalho, ge-
rente de negócios da Braschemical,
alega que não consegue imaginar a
indústria da construção civil des-
vinculada da indústria química nos
dias de hoje, pois a evolução de uma
área está vinculada com a moder-
nidade e avanços tecnológicos da
outra. “A indústria química nunca
esteve tão forte e tão presente na
construção civil, associada às novas
tendências tecnológicas, exigências
dos consumidores e necessidades de
preservação do meio ambiente.”
Por outro lado, também, Viviane
Stivaletti, do departamento técnico
da Daltomare, analisa que o mer-
cado brasileiro está cada vez mais
exigente quanto à qualidade dos
químicos para construção. “A rela-
ção custo e benefício das matérias-
-primas tem sido mais considera-
da, pois esses produtos interferem
diretamente na cadeia produtiva,
podendo proporcionar maior lon-
gevidade para obras e construções
e, consequentemente, menor neces-
sidade de manutenção.”
A construção civil é um dos seto-
res mais beneficiados pela evolução
dos componentes químicos, tendo
em vista que o mercado se desenvol-
ve rapidamente. Vitor Lavini, chefe
de desenvolvimento de novos ne-
gócios da Evonik, dá destaque, en-
tretanto, para as indústrias de tintas
e de plásticos e aditivos para pro-
dutos utilizados na construção.”Os
exemplos são diversos: destacam-se
os aditivos indicados para a produ-
ção de todos os tipos de espumas de
poliuretano, utilizadas na fabrica-
ção de colchões, móveis estofados,
cadeiras, pisos, isolamento térmico
e coberturas, entre outros; resinas
metacrílicas para áreas de alto trá-
fego e resinas metacrílicas reativas
para sinalização horizontal (sistema
plástico à frio) para demarcação
viária. Para o segmento de tintas,
aditivos que agem como antiespu-
mantes, dispersantes, nivelantes,
umectantes, agentes reticulantes,
fosqueantes, além de pigmentos e
resinas, que possibilitam o desen-
volvimento de produtos mais ade-
rentes, com maior fixação de cores
e menos agressivos ao meio am-
biente.”
As soluções da Evonik incluem
ainda produtos destinados à área
de saneamento básico, aplicados
em tratamento de água, efluentes
e esgoto; proteção de estruturas da
construção civil, evitando infiltra-
ções, trincas, fissuras e pichação;
silanos para produção de cabos e
tubos de polietileno; modificação
de asfalto borracha, indicado para
pavimentação de estradas, ruas,
estacionamentos etc; e poliamida
aplicável em tubulação de gás natu-
ral, entre outros.
Investimentos
O Brasil é um dos países que
mais estão recebendo investimen-
tos no setor da construção civil na
América Latina, em função do dé-
ficit de infraestrutura para os Jogos
Olímpicos e Copa. Além disso, o
crescimento do PIB e a ascensão da
classe média são fatores que contri-
buem para o crescimento do con-
sumo interno e a aceleração que a
indústria vem experimentando nos
José Eduardo Granato, gerente comercial da
área de química para construção da Viapol,
Kleber André Ludovico, gerente
comercial da Rentank
Carlos Russo, diretor técnico da Adexim-
Comexim
últimos anos.
A unidade de negócios de quí-
micos para construção da Dow, de
acordo com seu gerente de marke-
ting estratégico, Daniel Arruda, con-
ta com o mais completo portfólio de
soluções para atender os principais
desafios da indústria em ganhos de
produtividade e sustentabilidade.
Integram o portfólio da Dow: po-
límeros redispersíveis, celulósicos
e emulsões base água para as mais
diversas aplicações em cimento, ar-
gamassas colante e de revestimento,
revestimentos cimentícios e polimé-
ricos, impermeabilizantes, selantes
e massas de vedação, membranas de
cura, seladores e vernizes para con-
creto e pisos.
“Além disso, a Dow conta com
várias linhas de pesquisa relaciona-
das à utilização de materiais reciclá-
veis, redução de insumos poluentes
e melhoria de eficiência energética,
e atua como patrocinadora mundial
dos Jogos Olímpicos no desenvol-