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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Resinas para argamassas
“Esses benefícios são fundamen-
tais para atender a demanda por
produtos de maior qualidade e com
mais tecnologia que impactam na
redução dos custos com mão de
obra e gastos com manutenção,
além de contribuírem para a eleva-
ção dos padrões de qualidade das
construções”, defende Vanessa.
O supervisor de desenvolvimen-
to de mercado da Reichhold do
Brasil, André Luiz de Oliveira, lem-
bra que as resinas desempenham
vários papéis de elevada impor-
tância nessa aplicação. “Essa con-
dição as caracteriza como produ-
tos fundamentais para a evolução
tecnológica desses complementos,
variando desde o incremento de
aderência até melhorias na imper-
meabilização e durabilidade”, argu-
menta Oliveira.
Evolução de mercado
O uso de argamassas industria-
lizadas representou uma mudança
brusca na aplicação de peças ce-
râmicas, substituindo o método
tradicional de camada grossa, uti-
lizando argamassas preparadas no
canteiro de obras. As primeiras
argamassas industrializadas de-
senvolvidas no Brasil, porém, não
utilizavam polímeros em pó re-
dispersíveis na sua composição, o
que impossibilitava a aplicação de
peças cerâmicas em fachadas e am-
bientes externos.
“Durante um dia normal, a va-
riação de temperatura a que uma
fachada pode ser submetida chega
até 50°C, e uma argamassa aditi-
vada com resina se faz necessária
para garantir à argamassa a flexibi-
lidade para absorver essa variação
de temperatura e não gerar falhas
na aplicação, como, por exem-
plo, o descolamento da cerâmica.
Além disso, uma argamassa não
aditivada com resina não garante a
adesão de substratos não porosos,
como porcelanatos, vidro e pedras
naturais, já que não existe a possi-
bilidade de uma adesão física por
parte dos cristais do cimento. O
uso da resina melhora a adesão em
dois níveis, pois gera uma adesão
química e, ainda, cria uma super-
fície ao redor do substrato na qual
é possível a adesão física por par-
te dos cristais de cimento”, explica
Vanessa, da Dow.
Hoje em dia é difícil imaginar
a construção civil sem a ajuda dos
polímeros. Cada vez mais enge-
nheiros incluem em seus projetos
novas tecnologias, diferentemente
de 30 anos atrás, quando a combi-
nação areia, cimento, água, pedra
e ferro eram as únicas alternativas.
“Os novos produtos deram aos en-
genheiros facilidade, praticidade e
velocidade nas edificações. Mais do
que isso, deram garantias de pro-
dutos confiáveis e duráveis e com
grande segurança. As resinas Poli-
pox participam desse mercado ofe-
recendo a praticidade e segurança,
além da dar a uma obra a velocida-
de que jamais os sistemas cimentí-
cios dariam”, observa Gláucio Con-
de, gerente técnico da Polipox.
“As argamassas da Polipox ou
produzidas com nossas matérias-
-primas oferecem incomparável
resistência à compressão, tão im-
portante em pisos industriais, im-
permeabilização nas vedações de-
finitivas, flexibilidade quando se
necessita ‘casar’ a dilatação térmica
linear de duas construções ou ma-
teriais, correções nas deformações
e patologia do concreto, liberando
a área rapidamente, e os adesivos
estruturais, que são argamassas
espatuláveis de alta performance,
mudando assim tarefas que leva-
riam mais de 30 dias para ficarem
prontas para um espaço de 24 ho-
ras”, justifica Conde.
A Wacker, como principal fabri-
cante mundial e criadora da tec-
nologia de dispersões poliméricas
base VAE em pó com a marca Vin-
napas, acredita que as resinas têm
importância crescente no setor de
argamassas. “Na Europa, acredita-
-se que quanto mais desenvolvido
Gisele Ivaldi Menezes, gestora de negócios de
construção civil - unidade de novos negócios
da quantiQ
Gláucio Conde, gerente técnico da Polipox
Arlene Kita, representante de serviços
técnicos da BASF