Page 44 - 01

Basic HTML Version

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
44
Resinas para argamassas
é um mercado, maior é a modifica-
ção ‘per capita’ das argamassas com
polímeros; modificação é o termo
que comumente utilizamos para
nos referir à utilização de políme-
ros em argamassas. Obviamente
que isso depende do método cons-
trutivo empregado, pois no sistema
construtivo tradicional americano
a utilização ‘per capita’ é bastante
inferior à europeia, no entanto, as
argamassas levam em seu conteú-
do uma alta dosagem de polímero.
O sistema construtivo brasileiro se
assemelha muito ao europeu, com
a presença de concreto nas estrutu-
ras e alvenaria nas paredes, em sua
maioria. Nesse caso, quando com-
paramos o mercado brasileiro com
o europeu, o grau de modificação
ainda é baixo, pois os polímeros
são utilizados principalmente em
argamassas colantes para o assen-
tamento de peças cerâmicas e em
argamassas impermeáveis, também
conhecidas como lama vedante”,
ressalta Leonardo Dias, gerente de
marketing da Wacker do Brasil.
“Existe, no entanto, uma série de
outras aplicações
para os nossos po-
límeros em pó que
ainda não foram
desenvolvidas no
mercado brasileiro,
como o Sistema de
Isolamento Térmi-
co pelo Exterior,
mais
conhecido
no mercado como
EIFS (do inglês
ExternalInsulatio-
nFinishing System,
que é a colocação
de placas de isopor
na fachada dos edifícios para me-
lhorar o isolamento térmico, por
exemplo), o autonivelante (arga-
massa fluida que nivela rapidamen-
te o piso de concreto, deixando-o
muito plano e pronto para receber
o acabamento final, que poderia ser
cerâmica ou carpete, por exemplo),
argamassa de reparação, revesti-
mentos decorativos de base cimen-
to (tipo textura) etc. Desenvolver
essas aplicações é um dos nossos
principais objetivos”, informa Dias.
.
Crescimento
O mercado de resinas para ar-
gamassas tem sido muito dinâmi-
co, pois cresce acima do ritmo de
crescimento da construção civil.
Esse dinamismo é resultado de
uma combinação de fatores: 1) o
reconhecimento crescente dos fa-
bricantes de argamassa do aumento
da qualidade, segurança e do valor
agregado que uma argamassa apre-
senta ao ser modificada com polí-
meros em pó; 2) a tendência cres-
cente arquitetônica do uso de peças
cerâmicas do tipo porcelanato e pe-
dras naturais, que por serem menos
porosas que o azulejo tradicional
necessitam de polímeros para pro-
mover a correta aderência da peça
na parede ou piso. A característica
de flexibilidade aportada pelo uso
de polímeros na argamassa também
garante que o porcelanato ou pedra
natural se mantenha colocado por
muitos anos no substrato, pois essa
flexibilidade compensa a dilatação
e contração tanto da parede (ou
piso) como o da peça cerâmica; 3)
o uso de peças cerâmicas de grande
formato (acima de 60cm x 60cm),
cuja colocação é mais exigente e a
argamassa deve ter uma qualida-
de superior; 4) o desenvolvimento
e diversificação do mercado para
outras aplicações de argamassa que
usam polímeros.
O mercado da construção civil
está aquecido, resultado dos inves-
timentos e incentivos governamen-
tais e da própria situação econômi-
ca do País. E o segmento de resinas
para argamassa, de acordo com
Eider Amorim, gerente de vendas
da BASF, acompanha este cresci-
mento. “No entanto, trata-se de um
mercado ainda pouco inovador e
baseado, principalmente, na AC1.
Apesar desta predominância, todos
os tipos de argamassa têm apresen-
Viviane Stivaletti, do departamento
técnico de construção da D’Altomare:
“O mercado deve seguir buscando
argamassas com maior qualidade,
consequentemente, com maior
durabilidade e vida útil, além de outras
características desejadas, como
resistência à água e melhor adesão a
diferentes superfícies e substratos”
Eider Amorim, gerente de vendas da BASF