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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Revestimentos anticorrosivos
Carlos Russo, diretor técnico da
Adexim-Comexim,mexe na questãoda
sustentabilidade: “Em todos os revesti-
mentos sobre materiais ferrosos, tanto
na construção civil como em indústrias,
há a demanda contínua de anticorro-
sivos em teores realmente funcionais
para proteção contra a oxidação pre-
coce. Atualmente, o fosfato de zinco é
o produto mais utilizado com algumas
variações dentro da linha ecológica. No
Brasil ainda se usam alguns cromatos,
mas são produtos cancerígenos e prati-
camente banidos da maioria dos países
europeus e dos Estados Unidos.”
Para combater a corrosão de armadu-
ras, de acordo comMárcio deMelloVel-
letri, engenheiro civil e diretor comercial
do Grupo Velletri, não é necessário um
processo especial no caso do concreto
armado. “Somente o cobrimento das fer-
ragens já solucionaria grande parte dos
problemas. O uso de espaçadores entre
a forma e a ferragem ajuda a sanar esse
tipo de problema”, acrescenta Velletri.
Foco na construção civil
Já sabemos que o fenômeno da corro-
são acontece em diversas indústrias, nos
mais diferentes meios.
Mas é na construção ci-
vil, agora, que a nossa
reportagem se concentra.
Peguemos, então, dois
exemplos do Programa
de Aceleração de Cresci-
mento (PAC). No âmbito
da habitação, por exem-
plo, oPAC temo objetivo
de reduzir o déficit habi-
tacional, garantir oacesso
à casa própria emelhorar
a qualidade de vida da
população. A previsão é
de que, em quatro anos
(2011-14), sejam investi-
dos R$ 279 bilhões. Esse
montante será dividido
em três frentes: R$ 30,5
bilhões para urbanização de assentamen-
tos precários; R$ 72,5 bilhões para o pro-
gramaMinhaCasa,MinhaVida; eR$176
bilhõesparaofinanciamentohabitacional
realizado pelo Sistema Brasileiro de Pou-
pança e Empréstimo (SBPE).
Já na questão da energia, o PAC 2
tem como um de seus eixos a aplicação
de recursos para geração e transmissão
de energia elétrica, exploração de pe-
tróleo e gás, combustíveis renováveis e
pesquisamineral. Todas essas ações têm
comobaseoprincípiode sustentabilida-
de, paramanter amatriz energética lim-
pa e renovável. Para gerar mais energia
elétrica, 76 projetos de usinas estão em
andamento no Brasil. Juntas, acrescen-
tarão 26.252 MW ao parque gerador
brasileiro. Para se ter uma ideia, apenas
a Usina de Estreito, que produz 1.087
MW, gera energia suficiente para cerca
de 3,5milhões de habitantes.
Atualmente, estão emobras as hidre-
létricas de Santo Antônio e Jirau, ambas
no rioMadeira. Outra grande obra, a da
usinadeBeloMonte, começouem2011.
Quando concluída, será a terceiramaior
usina de geração de energia elétrica do
mundo. Além da geração, é importante
garantir a transmissão da energia, com
segurança e qualidade. No primeiro
semestre de 2011 foram concluídas as
obras de quatro linhas de transmissão.
Também foram iniciadas este ano as
obras de interligação das usinas do Ma-
deira, que permitirão o escoamento da
energia para o resto do País. Outras 21
linhas e 19 subestações estão em anda-
mento. Ações de revitalização da indús-
tria naval também integram o eixo de
energia. No primeiro semestre de 2011
foram contratados 56 empreendimen-
tos e concluídas 14 novas embarcações.
Sendo assim, a habitação e a energia
vão gerar muitas obras. E muitas obras
podem gerar corrosão. Para Barcia, as
empreiteiras devem consultar empresas
ou profissionais especialistas em corro-
são e pintura para definir quais os pro-
cedimentos e produtos devem ser utili-
zados para alcançar o melhor esquema
de combate à corrosão. “O Brasil possui
know how e produtos para atender os
mercados”, avalia o diretor técnico da
Polinova. Na opinião deVelletri, podem
ser usados vários tipos de revestimentos
com diferentes tipos e níveis de desem-
penho. “Por exemplo, a cerâmica que
alémde proteger do fogo, previne a oxi-
Fabio Ladeira Barcia, diretor técnico
da Polinova:
“Os revestimentos anticorrosivos podem
e devem ser utilizados em diversas
aplicações da construção civil, como,
por exemplo, na proteção de grandes
estruturas metálicas aparentes (pontes
metálicas, passarelas, treliças, terminais de
passageiros, fachadas de edifícios etc.) e
não aparentes (vergalhões de aço dentro
de estruturas de concreto), e em pequenas
estruturas, como portões, grades etc.”
Juliana Serafim Francisco, engenheira de pesquisa e
desenvolvimento da Dow Coating Materials