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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Revestimentos anticorrosivos
dação. Há ainda a opção pelo aço corten”, ressalta o engenheiro civil e diretor
comercial da Velletri.
Inevitável fugir das ações: tipo de material a ser revestido e condições sob
as quais será submetido. “Por exemplo, numa aplicação interior ou exterior,
deve-se considerar o tráfegode pessoas e equipamentos, exposição à umidade
e maresia, entre outros pontos. Também é necessário levar em consideração
a forma de aplicação: em campo, fábrica, pistola, trincha ou rolo e o processo
de secagem, que pode ser acelerado com temperatura (estufas em fábricas)
ou à temperatura ambiente (aplicações em campo)”, avalia Juliana, da Dow
CoatingMaterials.
Russo cita o fosfato de zinco de boa qualidade e com o teor definido pelo
fabricante, mas avisa: “A aplicação de baixos índices não só não protege como
tem função praticamente inútil.” Jacobucci e Leite, ambos do Grupo Rust &
Resinar, são enfáticos: “Tamanho e complexidade do equipamento, condição
operacional em caso de equipamentos cuja operação seja em indústrias quí-
micas que manipulam os produtos químicos agressivos e a solicitação mecâ-
nica a que estará exposto são os pontos relevantes.”
Revestimentos sustentáveis
Aconstruçãocivil temvividouma época frutífera, entretanto, deve estar aten-
ta às demandas da sociedade na qual está inserida. As questões ambientais têm
ocupado, gradativamente, cada vezmais espaçonos países desenvolvidos ounão
e a quantidade de resíduos deixados por construções, cerca de cinco vezesmaior
do que de produtos, tornou-se um dos centros de dis-
cussões da sustentabilidade.
Algumas ações, como o uso de tintas semsolvente
emateriaismenos agressivos de forma geral, qualida-
de do ar e do espaço interno e redução de desperdí-
cios com água e energia, como uso mais consciente
dos aparelhos de ar condicionado, a inibição do uso
desnecessário e simultâneo dos elevadores e a utili-
zação de energia solar podem fazer uma grande di-
ferença e vêmsendo pouco a pouco implementadas.
Pesquisas recentes indicam aumento de cerca de
5%nos gastos no processo de construção, caso sejam
feitos investimentos em sustentabilidade, contudo, a
economia a médio e longo prazo, que gira em torno
de 30% nos gastos com água e energia, compensa os
gastos extras.
EmBeloHorizonte já épossível observarpartedos
resíduos de obras sendodestinadaparaobras popula-
res oude caráter público, possibilitandoa substituição
dematérias-primas tradicionais.Mas como toda novidade, deve-se ficar aten-
to, afinal, como diferenciar construções de fato ambientalmente responsáveis
e outras que apenas se proclamam de tal maneira? Para isso, a certificação é
indispensável, pois a obtenção do certificado Leadership in Energy and En-
vironmental Design (LEED), emitida pela organização United States Green
BuiltingCouncil, requer uma pré-certificação e, então, inicia-se processo para
concedê-lo ou não.
Acaba se tornando natural a busca por matérias-primas sustentáveis nos
mais diversos nichos da construção civil. E no desenvolvimento de revestimen-
to anticorrosivos a questão também não poderia ser deixada de lado. Para tra-
tar a corrosão, Jacobucci e Leite dizem que já há revestimentos anticorrosivos
à base de resina epóxi Novolac que não contêm solventes voláteis e que não
“Aqui o setor público ainda pensa de forma
imediatista. Já no segmento industrial, onde a
corrosão se apresenta de forma mais agressiva,
esse sistema de proteção é largamente utilizado
em equipamentos de concreto e aço, tais como
tanques de efluentes, torres de estocagem
e processo, pisos, canaletas, diques de
contenção, vasos de pressão, tanques metálicos
de estocagem para combustíveis, estruturas
metálicas, vigas, pilares etc.”
Attilio Jacobucci Junior e Nelson Araujo Leite, ambos diretores do Grupo
Rust & Resinar