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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ENTREVISTA
Revista ConstruChemical - Qual a
importância, atualmente, do setor
de químicos para construção civil?
Marcelo Leonessa -
O Brasil vem
tomando grande relevância no setor
de construção civil, que dispõe de
uma gama de especialidades quími-
ca voltada para esse mercado. Isso
fez com que as empresas se mobili-
zassem e, no caso da BASF, em es-
pecial, a unidade de Químicos para
Construção veio de uma aquisição
(da Degussa, há cinco anos) e hoje
é uma divisão global da BASF, sen-
do que aqui na América do Sul, em
particular no Brasil, ela é bastante
relevante, pois o País tem alcançado
um crescimento de dois dígitos já há
alguns anos. Cada vez mais no Bra-
sil as construções estão se tornando
muito técnicas, visando melhor per-
formance com menor consumo de
mão de obra, encurtando o tempo
de execução, pois as empreiteiras
sofrem essa pressão. E aí, quando se
começa a adicionar alguns aditivos,
desde o concreto que é o básico para
uma estrutura, até mesmo alguns
produtos específicos para a linha de
construção e acabamentos, como
pisos, por exemplo, dá-se muito
mais velocidade para a obra e mais
qualidade, com consumo de recur-
sos menor, pois são produtos com
melhor desempenho. Tudo isso faz
com que esse setor venha tomando
corpo, importância, e acabe sendo
determinante para qualidade e pra-
zo da obra final. E é por isso que
estamos atuando com bastante foco
e com perspectivas de crescimento
muito boas.
Revista ConstruChemical - Dentro
dessa divisão, quais os segmentos
do Campo (SP), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Buenos Aires, na Argentina. No fim de 2011 assumiu a Divisão de
Químicos para Construção para a América do Sul.
“A BASF contribui para o futuro da construção por meio de sua alta performance e experiência na formulação de
uma série de soluções para o setor, com destaques em produtos que reduzem o consumo de água durante sua aplica-
ção, bem como apresentam benefícios voltados à eficiência energética”, observa Leonessa.
Nesta entrevista à Revista ConstruChemical, Leonessa fala um pouco sobre os planos da BASF para a sua divisão e
sobre as perspectivas da companhia para o setor nos próximos anos.
que a BASF atende?
Marcelo Leonessa -
O nosso por-
tfólio de produtos é bastante amplo
e atendemos vários segmentos da
construção civil. Oferecemos uma
linha completa de aditivos para a
indústria do cimento, que realmen-
te ajuda os produtores de cimento
a encurtarem o ciclo de produção
e ainda a terem um produto com
melhor performance e consumindo
uma quantidade menor de energia;
temos também uma linha completa
que serve a indústria do concreto,
onde a BASF é uma das líderes em
termos de tecnologia, oferecendo
produtos que têm homologação
para as construções verdes (Green
Buildings), que consomem mui-
to menos recursos naturais, como
água, e dão mais maleabilidade para
o manuseio do concreto e que têm
hoje uma aceitação muito grande.
Revista ConstruChemical - Fala-se
muito em “prédios verdes” atual-
mente. Como o senhor vê esse mo-
vimento no Brasil?
Marcelo Leonessa -
No Brasil isso
ainda é uma tendência. Estamos
muito incipientes nisso e o pessoal
ainda tem que entender o que é uma
“obra verde”, porque o conceito é
mais amplo do que se pensa e não
apenas uma obra com muitas árvo-
res e vegetação, mas sim aquela que
também consome menos recursos
naturais. A indústria da construção
civil consome muita água e nós te-
mos aditivos que realmente dimi-
nuem esse consumo, não prejudi-
cando a maleabilidade do concreto,
como eu já falei. Aí entra também a
eliminação de descarte, geração de
entulho, que deve ser pensada na
elaboração do projeto e não no final
da obra. Mas é um movimento que
a gente percebe que vem forte e a
indústria acaba sendo cobrada por
um consumidor mais consciente. A