REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Aditivos para argamassa
Samuel Oliveira, coordenador técnico da
Divisão Industrial da Makeni
Júlio Cesar Canever, gestor da Evonik
Makeni, Samuel Oliveira, vive um
momento intenso: de um lado, a cri-
se internacional e o arrefecimento
do mercado imobiliário; e, de ou-
tro, a demanda por produtos de alta
performance, principalmente devi-
do aos grandes formatos de revesti-
mentos oferecidos no mercado. Sem
contar o crescimento de argamassas
projetadas, pisos autonivelantes, re-
juntes etc.
“Podemos dizer que o mercado
de argamassas vive um momento de
grandes desafios, onde novos pro-
dutos são lançados a todo momento,
tendo o consumidor final como pú-
blico principal e oferecendo embala-
gens mais atrativas, produtos fáceis
de aplicar etc. A regionalização tam-
bém é algo marcante, encontramos
produtos que são predominantes em
algumas regiões e competem com
marcas tradicionais. Diante deste
cenário, o segmento de aditivos vem
crescendo, e muitos fornecedores
investem neste mercado, o que acir-
ra a concorrência. Existem produ-
tos de fabricação local, importados,
principalmente da Europa e China,
blends, que muitas vezes são como
verdadeiras ‘caixas pretas’, ou seja, o
Murilo Ribeiro, técnico de aplicaçõe da Dow Corning:
“Vários problemas são induzidos devido ao excesso
de umidade em materiais de construção, dentre eles:
expansão, fissuras, eflorescências, coloração, bolor,
aumento da condutividade térmica e elétrica, ataque
químico e corrosão do aço de reforço. Reduzir, portanto,
a absorção de água é essencial para diminuir os vários
tipos de danos e a degradação dos edifícios”
conteúdo é desconhecido pelo for-
mulador, sem contar a falta de mão
de obra e o conhecimento técnico
especializado como característica
desse mercado”, analisa Oliveira.
“É um segmento crescente, tendo
em vista o desenvolvimento do setor
da construção civil nos últimos anos
e que deverá se manter aquecido,
ainda, por algum tempo. Além do
setor imobiliário, que demanda uma
parte significativa da produção des-
tes itens, as obras de infraestrutura
e os projetos destinados aos eventos
esportivos a serem sediados pelo
Brasil abrem frentes importantes
de incremento do consumo de ar-
gamassas”, entende Henrique Setti,
gerente de marketing da Viapol.
O ano de 2012 iniciou com um
ajuste de estoques de moradias no
Estado de São Paulo, que responde
por 35% do mercado de construção
civil em todo o Brasil. “Vimos que
diversos empreendimentos tiveram
seus lançamentos postergados ou
adiados. No entanto, o resto do País
segue num ritmo bom e crescente.
No total, o mercado em 2012 está es-
tável quando comparado com 2011”,
avalia Leonardo Dias, gerente de
marketing da Wacker Química do
Brasil. No entanto, ele explica que o
setor de polímeros em pó para arga-
massa sofre de maneira mais suave
esses percalços do mercado, pois o
mercado percebe a contribuição na
geração de valor quando uma arga-
massa é modificada com polímeros
de dispersão em pó. “Nos últimos
anos, o comportamento no mercado
Viviane Stivaletti, do departamento técnico da
D’Altomare