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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Aditivos para argamassa
de polímeros tem sido dinâmico,
pois ele cresce acima do ritmo de
crescimento da construção civil”,
afirma. Esse dinamismo, conforme
Dias, é resultado de uma combina-
ção de fatores: 1) o reconhecimento
crescente dos fabricantes de arga-
massa do aumento da qualidade,
segurança e do valor agregado que
uma argamassa apresenta ao ser
modificada com polímeros em pó;
2) a tendência arquitetônica cres-
cente do uso de peças cerâmicas do
tipo porcelanato e pedras naturais,
que por serem menos porosas que
o azulejo tradicional necessitam de
polímeros para promover a corre-
ta aderência da peça na parede ou
Henrique Setti, gerente de marketing da Viapol
piso. A característica de flexibilida-
de aportada pelo uso de polímeros
na argamassa também garante que
o porcelanato ou a pedra natural se
mantenham colocados por muito
anos no substrato, pois essa flexi-
bilidade compensa a dilatação e
contração tanto da parede (ou piso)
como da peça cerâmica; 3) o uso de
peças cerâmicas de grande formato
(acima de 60cm x 60cm), cuja colo-
cação é mais exigente e a argamassa
deve ter uma qualidade superior; 4)
o desenvolvimento e diversificação
do mercado para outras aplicações
de argamassa, que usam polímeros.
Na opinião de Júlio Cesar Cane-
ver, gestor da Evonik, atualmente,
o mercado de aditivos para arga-
massa no Brasil apresenta algumas
tendências interessantes. Uma de-
las é, claro, acompanhar o cresci-
mento do mercado no segmento de
infraestrutura, com papel cada vez
mais importante. Outro ponto que
deve ser destacado é a abundância
de tecnologias e produtos presentes
no segmento, que demonstra o au-
mento da demanda técnica e o inte-
resse de diversas companhias nesse
mercado multimilionário.
“Um exemplo recente do au-
mento na demanda técni-
ca são as novas normas da
Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ANBT)
para argamassas imper-
meáveis, as quais elevam
os padrões de qualidade
para esse tipo de produ-
to, fator que favorece o
consumidor e motiva as
empresas a desenvolverem
produtos mais eficientes”,
observa Canever.
Desempenho
Gislene Attilio Meyer, do departamento de marketing da
Dow Corning: “Desenvolvemos aditivos de silano e siloxano
encapsulado, em pó, que reduzem a absorção de água e,
consequentemente, reduzem as patologias associadas”
As argamassas são utilizadas
para assentamento, chapisco, em-
boço e reboco. O chapisco tem a
função de promover aderência en-
tre a base e o emboço/reboco. Os
aditivos promotores de aderência,
conforme Eliene Ventura, gerente
técnica da Vedacit, são utilizados
nesta argamassa e devem ser com-
patíveis com a base, o cimento, de-
mais aglomerantes e materiais uti-
lizados no traço. “Tem de ser feito
teste de compatibilidade. O embo-
ço, que recebe aditivos plastifican-
tes, cobre e regulariza o chapisco,
criando uma superfície que protege
a base contra agentes agressivos,
bem como propicia a aderência do
reboco, que é o revestimento res-
ponsável em receber o acabamento.
É comum nas obras o uso de cama-
da única que ocorre quando se usa
apenas o emboço.”
De um modo geral, os aditivos
de alto desempenho para arga-
Leonardo Dias, gerente de marketing da Wacker
Química do Brasil
Marina Gallo Boldrini, gerente de marketing
América Latina da CP Kelko