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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ENTREVISTA
“OBrasilprecisaaumentaracapacidade,
emboraestejatrabalhandoabaixacarga,
mas no futuro, se quisermos reduzir
importação,melhoraressaquestãodo
déficitnabalançacomercialeaproveitar
osrecursosqueopré-salvaiproporcionar
para o País, é preciso investir”
Fátima Giovanna -
Queremos os processos de regu-
lação mais rápidos. Tem também outra medida do go-
verno que já saiu do papel, que é a contratação de um
estudo que tem por objetivo analisar a diversificação
da indústria química brasileira, assim como propor
políticas que venham atrair investimentos para essas
cadeias que vão ser estudadas ou sugeridas.
Revista ConstruChemical - O setor de construção
civil tem grande representatividade no consumo de
produtos químicos no País?
Fátima Giovanna -
Tem muita representatividade,
aliás, é um dos setores que têm o maior potencial de
crescimento no Brasil. Seja pela utilização de artigos
que tragam maior conforto, seja na parte de susten-
tabilidade. Existem inúmeras aplicações de produtos
químicos relacionadas à construção civil que tendem
a crescer em um curto e médio prazo, sem contar toda
a parte de plásticos, impermeabilizantes, tintas, fios,
cabos e outros tantos itens. É um dos setores mais ex-
pressivos demandantes de produtos químicos.
Revista ConstruChemical - A indústria química tem
um papel importante no futuro do Brasil?
Fátima Giovanna -
Não existe país desenvolvido que
não tenha também uma indústria química forte. Des-
sa forma, a química acaba tendo um papel estratégico
no desenvolvimento dos países. O Brasil caminha para
o crescimento, para o desenvolvimento, e tem muito
a fazer ainda. E ele não pode abrir mão de ter uma
indústria química forte. Segundo estimativas da Abi-
quim, até 2020, 2025, a demanda por produtos quí-
micos no mercado brasileiro vai ser da ordem de US$
260 bilhões. O que isso significa: primeiro, que nós
jamais vamos deixar de consumir produtos químicos;
segundo, que nós devemos aproveitar essa perspectiva
de crescimento e transformar isso em oportunidade.
Outra coisa: ninguém discorda que daqui a dez anos o
Brasil será autossuficiente em petróleo, e muito prova-
velmente em gás. Assim, se faz importante criar uma
ponte entre a situação atual e a futura, formando um
ambiente saudável para chegarmos nesse futuro.