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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ENTREVISTA
Por Marcos Mila
Medidas devem estimular a inovação na
indústria química brasileira
A indústria química brasileira precisa estar fortalecida para encarar os próximos sete
anos, período que marcará a transição do atual mercado – fortemente impactado pelo
baixo preço do gás de xisto americano – para um cenário de maior oferta de insumos
brasileiros, como o gás, que é subproduto do pré-sal. A opinião é do presidente da
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos, dita
durante o Seminário Indústria Química: Uma Agenda para Crescer, ocorrido no final
de maio, em Brasília.
Segundo Fátima Giovanna, diretora de economia e estatística da Associação Brasi-
leira da Indústria Química (Abiquim), o governo prepara um regime tributário espe-
cial para o setor e uma das propostas do novo regime é incentivar o investimento na
indústria química por meio da desoneração de desembolsos com IPI, PIS e Confins em
investimentos. “Outra proposta é a desoneração de PIS e Cofins nas vendas dos produ-
tos químicos fabricados a partir de matérias-primas renováveis, com contrapartidas de
investimentos em pesquisa e desenvolvimento”, afirma.
Uma das vantagens brasileiras nessa trajetória é a convergência entre os gargalos
apontados pelo setor produtivo e pelo governo, o que facilita a construção de uma atu-
ação conjunta. O Plano Brasil Maior lançou em abril a agenda estratégica de química,
construída a várias mãos por representantes de governo, empresas e trabalhadores.
Fátima integra o Conselho de Competitividade da Indústria Química no âmbito do
Plano Brasil Maior. Entre os principais objetivos do documento estão a ampliação do
Fátima Giovana, diretora de economia e
estatística da Abiquim