Revista ConstruChemical - Edição 17 - page 42

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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artigo técnico
avaliação do efeito anticongelante e o teste muitas vezes
envolve um período de congelamento no concreto fresco
e seudescongelamentoantesdo testede resistência (oque
deixaapergunta, seoconcretorecentesuportariaa fasede
congelamento inicial). Assim, o efeito anticongelante do
NCcomoumcampodeaplicaçãopratica, resultadoefeito
acelerador do tempo de cura. Se um concreto aquecido é
fornecido pelo caminhão betoneira sendo espalhado em
uma forma fria, iráantecipar ecomeçar ageraçãodecalor
porhidratação, prevenindoo congelamento em compara-
ção como concreto sem adiçãodeNC.
Figura5-ResistênciaaCompressão(MPa) xDosagemdeNC(%)
Testes realizados em condições de frio extremo têm
sido feitos com cimentos padrão com conteúdode cinzas
(CEM IIA-V42.5) eos resultados sãoapresentadosna ta-
bela 6. Concretosmoldados em temperaturas de até 10°C
negativos são passíveis de ser utilizados sem riscos. Por
outro lado, para temperaturas ambientes abaixo de 10°C
negativos, dosagensdeNCde4% seco são suficientes. Re-
sultadosdetalhadospodem ser encontrados em JUSTNES
(2012) [9].Oque seconclui équeemdias frios é indicado
algum tipode isolamento eousode cimentosde secagem
rápida. Adicionalmente, existe um potencial para o uso
de superplastificantespara reduzir a água em combinação
com o NC, sendo que os primeiros produtos comerciais
deste tipo já estãodisponíveis.
Tabela6–Resistênciaà compressãode corpos de prova com relação
água cimentode 0,5, CEM IIA-V42.5R, curados isoladamente com
diferentes dosagens deNC.
KARAGÖL e outros (2013) [13] confirmamque o
NC pode ser usado para concretagem em dias frios
sem precauções adicionais. O foco tem sido seu uso
em condições entre -5°C e -20°C.O resultado équeo
NCmelhora a resistência à compressão do concreto
obtido, mas que não pode compensar totalmente o
efeitodo congelamento.
As descobertas feitas por CULLU e outros (2013)
[4]paraoNC em combinação comaHEA (hidroxie-
tilamina) confirmaramo efeitode aceleraçãode cura
em condições de baixas temperaturas. Entretanto,
a perda de resistência à compressão foi observada.
FELEKOGLU e outros (2010) [5] investigaram a
combinação do policarboxilato em combinação com
outros reguladores de cura, demodo a se obter uma
aceleração eumamelhor resistência à compressãode
forma antecipada, tendo testado que amelhor opção
éumamisturadeNC eoutrosnitratos (oNC em for-
ma isoladanão foi testado).
INIBIDORDECORROSÃO
A função de inibidor de corrosão é a maior apli-
cação noOrienteMédio já que esta região apresenta
uma alta concentração de sais no ar. Al-AMOUDI
e outros (2003) [2] demonstra que em caso de um
ataque por cloretos, o NC ou o nitrito de cálcio são
os inibidoresdecorrosãopreferíveis.Nocasodaágua
marinha, onitrito semostramais benéfico enquanto
que para agregados não lavados o NC é o mais in-
dicado.
JUSTNES (2005) [6] mostra uma breve revisão
da corrosão induzida nos vergalhões pelos cloretos,
comparando à performance do NC com o mais co-
mum inibidor, o nitrito de cálcio. Entre outras evi-
dências, um simples testedosvergalhõespresentesno
centrodos cilindros de concretoonde cloretos foram
misturados na receita. Os cilindros foram armazena-
dos em temperatura de 38°C e com 90%de umidade
relativa e expostos ao ar ao longo de anos, sendo in-
specionados periodicamente em busca de fissuras
resultantes da expansão que a formação de ferrugem
provoca. Quando o cilindro de referência (semNC)
apresentou a fissura, todos os demais vergalhões em
que foram adicionados NC também foram retirados
dos cilindros para inspeção. A figura 6mostra estes
vergalhõesdepoisdequartoanos equeoaço retirado
do concreto semNC sofreu uma extrema corrosão,
sendo que a amostra com 2% de NC somente apre-
sentou pontos de ferrugem na superfície (predomi-
nantemente na lateral) Se concluiu, portanto, que o
NCénomínimo igualmenteeficientequeonitritode
cálciocomo inibidor eque seuusoémais econômico,
assim comomenos prejudicial.
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