Revista ConstruChemical - Edição 22 - page 41

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ARTIGO
Segurançaquímicaem todo lugar
Por FabricianoPinheiro*
A importância de se falar sobre segurança química,
muitas vezes, pode sermenosprezada pela crença de que
isso esteja ligado apenas ao setor químico, mas você já
parou para pensar que toda e qualquer indústria, seja de
medicamentos, automobilística, alimentos, cosmética,
tintas, varejo, petroquímica e muitos outros exemplos,
lida com produtos químicos e deve se preocupar com a
gestão segura desses? O tópico é uma discussão funda-
mental, já que faz parte do dia a dia de empregados, em-
pregadores e sociedade.
A segurança química ou gerenciamento do risco quí-
mico ganhou um forte aliado na sua implementação glo-
bal, o GHS (Globally Harmonized System of Classifica-
tion and Labelling of Chemicals - Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos), publicado pelaOrganização dasNaçõesUni-
das (ONU). Apesar donome complexo, oGHSnadamais
é do que uma abordagem sistematizada e de fácil com-
preensão para classificação de perigos dos produtos quí-
micos e para comunicação, por meio de rótulos e fichas
de dados de segurança.
Oprincipal objetivodessa harmonização global é con-
ferir maior proteção para a saúde humana e para omeio
ambiente ao oferecer informações consistentes sobre os
perigos dos produtos químicos. Através de um sistema
internacional de classificação e rotulagem, é possível que
os profissionais que lidam com produtos químicos sejam
alertados danecessidadedeminimizar sua exposição, re-
sultando emmanuseio, armazenagem, transporte e des-
carte mais seguros. Dessa maneira, todos os que estão
potencialmente expostos são comunicados dos perigos e
possíveis riscos, podendo fazer uma gestão segura mais
eficiente dos produtos.
Comodiretor da Intertox, empresa referêncianacional
em segurança química, acompanho a discussão sobre a
implementação do GHS no Brasil desde o início e fui,
inclusive, um dos representantes do país no Subcomitê
de Especialistas da ONU. A adoção e implementação
do sistema está baseada em quatro pilares. O primeiro
é a determinação do perigo dos produtos químicos por
meioda classificaçãoquanto aoperigo físico, à saúde hu-
mana (toxicidade aguda ou crônica) e aomeio ambiente
(ecotoxicidade aguda ou crônica ao ambiente aquático);
o segundo é a elaboração da Ficha de Informações de Se-
gurança de Produtos Químicos (FISPQ), que deve con-
ter as medidas de proteção e de precaução para que não
aconteçam acidentes; o terceiro seria a comunicação dos
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