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Produção e vendas da indústria química recuam em setembro

06/11/2012 - 13:11

Os volumes de produção e vendas internas da indústria química apresentaram um recuo em setembro, conforme divulgado no RAC (Relatório de Acompanhamento Conjuntural) da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química. Na comparação mensal, a produção registrou queda de 10,08% e as vendas internas caíram 3,81%. Em relação a igual período do ano anterior, a produção teve um recuo de 6,90% e as vendas internas de 0,76%.

Na avaliação da Abiquim, o enfraquecimento geral da demanda, o menor número de dias úteis do mês, em razão do feriado, o corte de energia na região sudeste, que apesar de breve, impactou negativamente empresas da região, e os problemas operacionais em algumas unidades são algumas das razões que explicam a queda nas atividades do segmento no ultimo mês de análise.

Os dados do terceiro trimestre do ano são favoráveis. Na comparação com o segundo trimestre, o índice de produção aumentou 5,90%, enquanto que as vendas internas tiveram elevação de 11,96%. Em relação ao mesmo período de 2011, o volume de produção aumentou 2,05% e o de vendas internas cresceu 3,35%.

Nos últimos 12 meses, o consumo aparente nacional (CAN) registrou queda de 0,38%, sendo que a produção aumentou 1,76%, a importação caiu 9,83% e a exportação recuou 1,98%, em relação aos 12 meses anteriores.

“A desaceleração da economia mundial, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, os problemas no Japão e o menor ritmo de crescimento na China, trouxeram impactos ao desempenho da economia brasileira, que, neste ano, terá um crescimento muito aquém do que se previa ao final do ano passado. Nesse cenário, a indústria química tem sentido fortemente os reflexos da desaceleração pelo fato de ser fornecedora de praticamente todas as cadeias industriais”, declara Fátima Giovanna, diretora técnica de Economia e Estatística da Abiquim.

A economista faz um alerta sobre o cenário atual da indústria química.  “A ociosidade das plantas instaladas no país é alta e, pior, não se atraem investimentos em novas capacidades nessa atividade tão importante para o desenvolvimento do país. Na Agenda do Conselho de Competitividade da Química, do qual a Abiquim participou ativamente, foram inseridas importantes medidas, que caminham na direção correta para a correção das principais distorções que afetam essa indústria. Neste aspecto, a entidade defende a adoção urgente dessas medidas, especialmente a que diz respeito ao preço do gás natural como matéria-prima, a desoneração de matérias-primas e o REIQ Investimentos (Regime Especial para a Indústria Química)”.

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