O Brasil importou US$ 4 bilhões em produtos químicos no mês de novembro. O valor representa uma queda de 8,1% em relação a outubro deste ano e aumento de 2,1% na comparação com novembro de 2011. Somente em intermediários para fertilizantes, foram importados mais de US$ 817 milhões em novembro, 7,6% menos do que no mesmo mês do ano passado. De janeiro a novembro, as compras externas de produtos químicos somam US$ 39,4 bilhões, aumento de 1,5% frente ao mesmo período de 2011.
As exportações, de US$ 1,2 bilhão em novembro, diminuíram 11,3% na comparação com outubro, e 13,1% em relação ao mesmo mês de 2011. No acumulado do ano, as vendas externas alcançaram US$ 13,7 bilhões, valor 5,9% inferior ao registrado em igual período do ano passado. O déficit na balança comercial de produtos químicos, até novembro, chegou a US$ 25,7 bilhões, 6% maior do que o registrado em igual período de 2011. Nos últimos 12 meses (dezembro de 2011 a novembro deste ano), o déficit é de US$ 28 bilhões. O valor, recorde histórico, é 5,5% maior do que o déficit de US$ 26,5 bilhões registrado em 2011.
As resinas termoplásticas, com vendas de US$ 2 bilhões, foram os produtos químicos mais exportados pelo País, até novembro. Em relação ao mesmo período de 2011, entretanto, as vendas externas de resinas recuaram 8,1%. Os intermediários para fertilizantes permaneceram como o principal item da pauta de importações químicas, respondendo por 18,5% do total das importações de produtos químicos. De janeiro a novembro, as compras desses produtos somaram US$ 7,3 bilhões, valor 8,1% inferior ao de igual período de 2011.
Para a diretora de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, a diminuição das exportações de produtos químicos e o avanço das importações de produtos de uso final são sinais claros de como 2012 tem sido um ano difícil para a indústria química brasileira. “Apesar das recentes medidas divulgadas pelo Governo em defesa da indústria nacional, particularmente com a adoção das proteções tarifárias adicionais aos tetos permitidos pela Organização Mundial do Comércio para produtos que têm sofrido severamente com o avanço de importações, seguramente o déficit em produtos químicos até o final de 2012 será o maior já registrado, superior a US$ 28 bilhões”.
