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Blocos de concreto: maioria dos fabricantes prevê estabilidade

21/07/2014 - 13:07

Pesquisa realizada pela BlocoBrasil-Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto mostra mercado estável, com leve potencial de crescimento para o segundo semestre de 2014

Estabilidade, com potencial pequeno de crescimento. Estas são as perspectivas dos fabricantes para o mercado de blocos de concreto para o primeiro semestre de 2014, panorama apurado pela pesquisa realizada neste mês de junho pela BlocoBrasil-Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto.

Após um período de intenso crescimento, especialmente entre 2008 e 2010, os fabricantes brasileiros de blocos de concreto passaram a conviver com índices de vendas mais estáveis, especialmente nos grandes centros das regiões Sudeste e Sul, onde a concorrência entre as empresas é muito forte. Porém, regiões com menor concentração de fabricantes e bons índices de crescimento da economia regional, como o Nordeste, Norte, Centro-Oeste e nas regiões mais distantes das capitais em estados como São Paulo, por exemplo, apresentam expectativas de maior crescimento dos negócios setoriais.   

Assim, 43,6% dos fabricantes de blocos de concreto de todo o país que responderam à pesquisa prevêem manter as vendas no mesmo nível do primeiro semestre. Já 40,7% das indústrias de blocos de concreto estimam crescer entre 10% a 20% neste segundo semestre de 2014. Porém, quase 20% (18,51%) dos fabricantes acreditam em diminuição entre 5% e 20% de suas atividades no segundo semestre deste ano.

O mercado imobiliário continua sendo o principal comprador dos blocos e pisos de concreto (40,7%), com as obras de infraestrutura vindo em segundo lugar (24,07%), mesmo percentual atribuído ao Programa Minha Casa, Minha Vida entre os que prevêem manutenção ou crescimento das atividades. A economia em retração é o principal motivo,  apontado por 39% das empresas, para os que estimam redução das atividades em 2014.

Entre os empresários que apostam no aumento da demanda, as soluções previstas para suprir essa elevação dos negócios são a de contratar mais funcionários (38%), adotar medidas para o aumento de produtividade (33%) e a aquisição de novos equipamentos (28,5), entre outras. Já para os fabricantes que acreditam na diminuição das atividades, as medidas a serem tomadas são a redução do número de funcionários (62,5%) e do número de turnos de trabalho (29%). 

Os blocos estruturais, destinados à construção de edificações pelo sistema de alvenaria estrutural com blocos de concreto, são apontados como o principal segmento de negócios por 66% dos fabricantes, enquanto os pisos intertravados de concreto constituem o segmento majoritário para 34% dos empresários do setor. 

Para Ramon Otero Barral, presidente da BlocoBrasil, a pesquisa reflete as dificuldades atuais da economia brasileira, com pequeno crescimento do PIB e perspectivas pessimistas em relação ao desempenho econômico futuro, que se refletem no mercado imobiliário, nas obras de infraestrutura e no programa Minha Casa, Minha Vida.  Mas também há perspectivas positivas, até mesmo porque 2014 é ano de Copa do Mundo e, principalmente, de eleições, que tendem a estimular as obras. Mas Barral ressalva: "O aumento no número de fabricantes de blocos de concreto nos últimos anos, especialmente nos grandes centros das regiões Sudeste e Sul, fez com que houvesse grande oferta de produtos, situação essa que tende a se estabilizar com a maior exigência de produtos de qualidade por parte do mercado imobiliário e dos programas habitacionais".

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