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Perícias contribuem para a construção de prédios verdes mais eficientes

05/08/2015 - 14:08

As auditorias feitas em empreendimentos nas fases iniciais do projeto podem identificar intervenções para melhorar o desempenho dos edifícios

Cada vez mais, a sustentabilidade tem se tornado oportunidade de negócio em todas as áreas de investimento. E no mercado da construção civil não é diferente. Atualmente, de acordo com a ONG U.S Green Building Council (GBC), o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de prédios verdes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes, respectivamente.

De acordo com dados da Associação de Estudos Geobiológicos da Espanha, na Jornada de Bioconstruccion, o impacto da construção civil no meio ambiente é significativo, pois as edificações consomem aproximadamente 50% da energia mundial (construção e manutenção). Sendo assim, medidas que possam reduzir esse impacto são mais que necessárias no cenário ambiental que nos encontramos.

Uma das alternativas é o aumento no volume de construções tidas como sustentáveis, que são empreendimentos feitos para gerarem menos impactos ao meio ambiente e serem capazes de reaproveitar os recursos naturais, como luz solar e água da chuva.

De acordo com o Engenheiro Júlio Almeida, da J. Almeida Engenharia, para aqueles que investem em empreendimentos, as construções sustentáveis são ótimas oportunidades de investimento, "já que não se trata mais de modismo, e sim de se buscar melhor qualidade de vida e menores gastos econômicos".

Além disso, é importante investir em perícias e laudos técnicos no início do projeto, nas fases do planejamento, projeto e execução, pois nessas etapas ocorrem as maiores possibilidades de intervenções na vida útil futura de uma edificação. "Nessa fase do projeto elas podem contribuir para tornar o prédio verde mais eficiente, já que são capazes de sugerir materiais, sistemas e conceitos que busquem mais eficiência e sustentabilidade".

Apesar de ser considerado o quarto país em número de prédios verdes no mundo, o Brasil ainda tem muito que evoluir nesse segmento. "Os anúncios apelam maciçamente para "eco isso", "eco aquilo", mas muito do que se encontra é vazio, sem qualquer conteúdo verídico. Poucas são as iniciativas embasadas em conceitos de sustentabilidade. Portanto, esse mercado ainda está no início. Na faixa de grandes empreendimentos corporativos, essa visão já é mais presente quando comparada com edifícios e condomínios residenciais", conclui o engenheiro.

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