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Fórum para o mercado de construção, promovido pela Dow e GBC, amplia o debate sobre eficiência energética

07/12/2015 - 17:12
Fórum para o mercado de construção, promovido pela Dow e GBC, amplia o debate sobre eficiência energética

Técnicos e especialistas abordaram tendências e soluções disponíveis no Brasil e América Latina. Entre os destaques estão o telhado frio e membranas para revestimento impermeabilizante, painéis de Poliuretano, sistema EIFS e aditivos para janelas de PVC

Realizado pela Dow - multinacional química que desenvolve soluções que combinam sustentabilidade e eficiência energética - com o apoio do Green Building Council Brasil (GBC), o Fórum Construindo Melhor, que aconteceu no dia 26 de novembro, em São Paulo, teve como principal objetivo fomentar a inovação na cadeia de valor da construção civil e ampliar o conhecimento das novas tecnologias existentes.

A série de debates, especialmente pensada para engenheiros, arquitetos, construtores, produtores, imobiliárias, varejistas e fornecedores em geral, abriu espaço para uma discussão ampla sobre a indústria e suas possibilidades. No Brasil, as edificações representam 50% do consumo energético em todo o País, por isso a importância de destacar as principais alternativas para reduzir essa proporção. “Acreditamos na transformação da cadeia construtiva a médio e longo prazo, fomentada a partir de pesquisas e inovações de impacto que enderece as necessidades locais. Isso é possível por meio de parcerias estratégicas, eventos diversos, informações relevantes e debate sobre as principais necessidades e desafios do setor”, explica Vanessa Grossi, gerente de marketing estratégico para o negócio de Construção da Dow para a América Latina.

“O que se busca é o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, redução do uso de recursos naturais, mitigação de impactos socioambientais negativos, melhor qualidade de vida e bem-estar. Precisamos construir melhor e com mais eficiência, já que nos próximos 30 anos estima-se o dobro de edificações e este setor representa 1/3 das emissões globais de CO2. Uma das vantagens da construção civil é a possibilidade de implementar modelos de negócios diversos pautados em uma visão de médio prazo, considerando os benefícios da fase de operação das edificações e justificando o uso de matérias primas e tecnologias mais eficientes, que podem possuir um valor inicial maior. Faz muita diferença ter toda a cadeia de valor envolvida por um mesmo propósito”, completa Felipe Faria, diretor do Green Building Council Brasil, reforçando os três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social.

Faria também ressaltou a importância de legislações e regulamentações do setor, e lembrou o recém-lançado Consórcio Brasileiro de Superfícies Frias (CBSF), no qual o GBC e a Dow fazem parte. O CBSF reúne empresas, universidades e entidades setoriais com o objetivo de pesquisar as propriedades das chamadas superfícies frias nas edificações, além de desenvolver metodologias para a avaliação de desempenho dos materiais e sistemas construtivos usados com esse propósito.

Debates e tecnologias

Dentre os importantes desafios da indústria de construção, o fórum abordou diversas alternativas e tecnologias existentes para reduzir o consumo de energia, assim como reduzir emissões de carbono e ilhas de calor nos grandes centros urbanos. “Os convidados puderam conferir detalhes sobre telhados frios e revestimentos impermeabilizantes, sistemas EIFS, painéis termoisolantes – como os de poliuretano e matérias-primas para janelas de PVC, que agregam valor aos produtos finais disponíveis no mercado. A procura por tecnologias versáteis e soluções mais  sustentáveis e eficazes tem mudado a forma como isolamentos externos são projetados. A Dow oferece ao mercado de construção diversas soluções que proporcionam, entre muitos benefícios, a sustentabilidade”, explica Frederico Almeida, especialista de marketing para o negócio de Construção da Dow, que abriu as sessões de debates.

O especialista da Dow, Eduardo Cruz, abordou a tecnologia dos Telhados Frios, destacando que o revestimento elastomérico auxilia na redução da temperatura no interior dos imóveis e no exterior das edificações dos grandes centros urbanos. Também reforçou o recente lançamento da Companhia, a tecnologia Centurion, própria para membranas acrílicas impermeabilizantes de alto desempenho. A emulsão elastomérica é 100% acrílica, de resistência superior à água empoçada, podendo ser aplicada nos mais diversos substratos, como lajes e telhas de fibrocimento, metal, concreto ou cerâmica. A solução suporta o depósito de água por mais tempo, tornando possível revestir superfícies sem caimento com excelente durabilidade, já que minimiza a necessidade de eventuais manutenções.

Outro destaque foi a apresentação sobre painéis de isolamento térmico produzido a partir do Poliuretano (PU), realizada por Marcelo Fiszner, diretor de marketing para Poliuretanos da Dow na América Latina. Solução sustentável e versátil, quando instalados em edifícios e casas, favorecem redução significativa de consumo energético, já que o PU rígido é considerado o melhor isolante térmico existente no mercado. Muito utilizados em prédios comerciais, shoppings centers ou alojamentos temporários, possui ótima relação custo x benefício e contam com diversos tipos de aplicações podendo ser injetados, moldados ou ter forma de chapas. Proporcionam rapidez e segurança de instalação, redução do consumo de água e de resíduos na obra, alta resistência mecânica, minimização da necessidade de manutenção e liberdade de design com ótima eficiência energética. Por serem mais finos, poupam espaço do ponto de vista arquitetônico, pois geram melhor aproveitamento e conforto interno. 

Ana Paula Freire, também especialista da área de construção da Dow, falou sobre o Sistema EIFS (External Insulation Finishing System), tecnologia de painéis pré-fabricados próprios para fachadas. Estruturados de armação de aço e com um isolamento feito a partir do poliestireno, reduzem consideravelmente o tempo de instalação, quando comparado a sistemas convencionais de fachadas, pois já podem ser instalados prontos e com acabamento resistente às intempéries e movimentações dos edifícios. Entre a placa de isolamento e o acabamento final, há camadas de uma argamassa especial e tela, uma solução de reforço ideal para evitar rachaduras durante a aplicação, expansão ou encolhimento durante a vida do revestimento - devido à variação de temperaturas externas, encolhimento da argamassa e os movimentos dos painéis isolantes.

As arquitetas convidadas Mariana Munhoz e Deliane de Oliveira, da Construtora Método, trouxeram especificidades sobre as certificações disponíveis no mercado, dentre elas o Certificado Internacional LEED e o brasileiro AQUA - que agregam valor às construções e trazem benefícios como economia de água e luz, entre outros. O presidente do Instituto do PVC, Miguel Bahiense trouxe mais informações sobre os produtos a partir do PVC, material ainda pouco usado em construções, mas que tem um futuro promissor. Em primeira mão, apresentou estudo realizado no Brasil sobre a eficiência energética na utilização das janelas de PVC, desmistificando alguns conceitos e demonstrando que o material consome menos energia para ser produzido e que já oferece ótimo custo x benefício a longo prazo em relação às janelas de alumínio.

Completando este tema, Debora Nisiyama, especialista em aditivos para plásticos da Dow, apresentou a linha de aditivos acrílicos Paraloid, específica para plásticos de engenharia – que também possibilitam a fabricação das janelas de PVC. Atuando como modificadores de impacto e auxiliar de fluxo, a tecnologia possui alguns pontos de vantagem quando aplicados ao PVC, trazendo benefícios como uma melhor processabilidade e resistência tanto mecânica quanto à intempéries, além de um  custo de manutenção e 100% de reciclabilidade. Quando comparada a outros materiais para a fabricação de janelas é mais vantajoso, pois possui vida útil maior, não sofre corrosão, tem alta resistência a agentes químicos e maior vedação em relação à água, vento e ao pó. São formulações de alto desempenho em PVC e, desta forma, proporcionam maior e melhor aceitação no mercado brasileiro. Importante ressaltar que a Dow possui conhecimento técnico avançado que permite ajustes e adaptações às fórmulas - fabricando produtos versáteis e de alta qualidade, que performam bem em qualquer tipo de formulação, permitindo aplicações diferenciadas e próprias para toda a região da América Latina.

No início da tarde, os representantes e especialistas das mais de 35 empresas presentes puderam assistir às demonstrações práticas das aplicações apresentadas e trocar informações. Eduardo Cruz também demonstrou a tecnologia Quick Set, de secagem rápida, na qual em apenas 15 minutos após aplicação, oferece resistência à água - própria para pinturas externas onde a “chuva de verão” é frequente. Além deste encontro, a Dow realizará outros Fóruns em 2016, que trarão temas tão importantes quanto a eficiência energética, como produtividade, gestão de resíduos da construção e soluções de baixo impacto ambiental.

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