Os dois últimos anos foram os piores para a indústria brasileira de silicones, mas a expectativa é de que 2017 mostre leve recuperação
Pelo segundo ano seguido, a produção de silicone registrou queda de 6% em 2016, com um volume de 28000 toneladas O setor movimentou US$ 208 milhões em 2016, informa a Comissão Setorial de Silicone da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) .
A taxa de crescimento média, em volume, que estava ao redor de 5% no período de 2007 a 2012.
“Os dois últimos anos foram os piores para a indústria brasileira de silicone. A queda na produção reflete o impacto da retração na demanda sofrida principalmente pelos setores de construção civil, automóveis e cuidados de beleza, que são segmentos importantes para a indústria do silicone”, afirma Irineu Bottoni, coordenador da Comissão que representa as fabricantes Blue Star, Dow Corning, Momentive e Wacker. Segundo ele, o segundo semestre do ano passado foi menos doloroso do que a primeira metade de 2016.
O volume das importações de Siloxano, principal matéria prima na produção da cadeia de silicone, recuou 11% ante o ano anterior, para cerca de 11 mil toneladas.
Para 2017, a expectativa da Comissão é de leve recuperação na produção de silicone. “Em janeiro e fevereiro, o setor apresentou tendência de melhora, o que deixa um clima um pouco mais positivo para o ano”, afirma Bottoni. Ele destaca que a retomada da indústria de silicone depende diretamente da melhora de outros segmentos importantes como construção, automóveis, beleza e o varejo.
Mesmo com todo esse cenário econômico adverso, os quatro fabricantes continuam investindo em tecnologia e capacidade, confiantes na retomada do crescimento.