Revista ConstruChemical - Edição 21 - page 25

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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CAPACITAÇÃO
Alpinistas certificadosainda sãominoriana
indústriaeconstruçãocivil
APESARDENORMAPUBLICADAHÁUMANOPELOMINISTÉRIODOTRABALHOREGULAMENTARA
ATIVIDADE, ESTIMA-SEQUESÓ 5%DASEMPRESASACUMPRAM
Navios, plataformas de petróleo, prédios, indústrias e outdoors. To-
das essas estruturas têm em comum a necessidade de construção, ma-
nutenção ou operação nas alturas. Para isso, o alpinista industrial é o
profissional indispensável. A atividade foi regulamentada em abril de
2014 por meio de um anexo à NR-35, que dispõe sobre o acesso por
corda, mas ainda é realizada de forma informal emmuitos setores.
O acesso por corda consiste em subir, descer, movimentar cargas,
maquinários e criar vias de acesso para inspeções e todo trabalho ex-
terno feito emalturas superiores adoismetros. Parece comoalpinismo
de aventura, mas com preocupações de segurançamaiores. “Trabalha-
mos com equipamentos reservade segurança, assim comodispositivos
autoblocantes, trava quedas e técnicas apuradas demovimentações, já
que os ambientes são perigosos, com superfícies cortantes ou muito
quentes”, explicaAbraão Salvado, gerente do cursode acessopor corda
da Invista Profissional
.
A escola é auditada e aprovada tantopara oferecer treinamentopara
a atividade quanto para realizar o exame no Brasil, de acordo com a
AssociaçãoBrasileiradeEnsaiosNãoDestrutivos e Inspeção (Abendi),
que regulamenta a área. Em cursos de uma semana, é possível formar-
-se no Nível 1 de acesso por corda; são três níveis de segurança no
total, com remuneraçõesmédias que vão de R$ 2.800 a R$ 18.000.
Não é só uma questão de segurança, no entanto. Pro-
fissionais especializados em acesso por corda têm desem-
penho otimizado em diversas atividades. Eles rendem até
três vezes mais se comparados ao trabalho realizado com
andaimes em áreas comopintura industrial, solda, caldeira-
ria,manutençãodemaquinário edenavios acimada lâmina
d’água, etc.
“As fornecedorasdaPetrobras, por exemplo, só trabalham
com alpinistas industriais certificados”, conta Salvado. Ain-
da assim, o gerente da
estima que no Rio de Janeiro
apenas 5% das empresas de construção civil, instalação de
banners e escoramento de encostas sigam a nova norma.
“Além de estarem suscetíveis a multas da fiscalização, que
tem sido cada vezmais intensa, elas colocam em risco seus
profissionais, despreparados para a função”, afirma.
Com turmas semanais, as aulas do curso de acesso por
corda ocorrem de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. No
sábado, os alunos passam por uma avaliação nomesmo local onde es-
tudaram. A certificação de Nível 1 custa R$ 1.550. Matrículas podem
ser feitas pelo site da escola, que recebe alunos de todo o Brasil e ofe-
rece alojamento próprio.
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