Revista ConstruChemical - Edição 20 - page 18

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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PIGMENTOSPARACONCRETO
creto, como os autorrecuperáveis, que combatem
as fissuras, ou os fotocatalíticos, que minimizam as
emissões de gases. Também é esperada a chegada de
aditivos verdes. São cenários que vão exigir das con-
creteiras a otimização de seus processos de fabrica-
ção, através de equipamentosmaismodernos, menor
consumo de energia emaior preocupação com o im-
pacto ambiental.
Mesmo com todo o poder do concreto, de uma
maneira geral, as vendas internas da indústria dema-
terial de construção caíram 5,4% emmarço em com-
paração aomesmomês do ano passado, mas tiveram
aumento de 3,2% frente ao desempenho de fevereiro,
de acordo com a Associação Brasileira da Indústria
deMateriais de Construção (Abramat). No primeiro
trimestre, a queda acumulada das vendas é de 8,8%.
A Abramat mantém a projeção de alta de 1% para
2015. A retração de vendas de materiais acumulada
nos 12meses encerrados emmarço é de 7,7%.
Panorama do cimento
De acordo com o artigo “A Indústria doCimento e
o Desenvolvimento do Brasil”, desenvolvido pelo di-
retor de tecnologia da ABCP,Yushiro Kihara, e pelo
analista de analista de meio ambiente do Sindicato
Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), Gonzalo
Visedo, foi nos anos 70, entretanto, que o chamado
“milagre econômico” impulsionou a indústria do ci-
mento, estimulada pelos inúmeros projetos habita-
cionais e de infraestrutura da época. Em apenas 10
anos, o consumo per capita passou de 100kg para
227kg por habitante. Nessemesmo período, a produ-
ção de cimento triplicou, saltando de 9milhões para
27 milhões de toneladas anuais, e foram instaladas
24 novas fábricas para abastecer essa crescente de-
manda.
Atualmente, diz o artigo, o país atravessa um novo
ciclode crescimento, iniciado a partir de 2004, e con-
ta com 87 plantas industriais cimenteiras, controla-
das por 17 grupos industriais. Essas plantas têm ca-
pacidade instalada de 86milhões de toneladas/ano e
produziram 70milhões de toneladas em 2013, fazen-
do do Brasil o sexto maior produtor e quarto maior
consumidor de cimento domundo.
Ambientalmente escrevendo, a produção de con-
creto não atua como inimiga. Kihara e Visedo, am-
parados por estudos internacionais, publicaram no
artigo que aproximadamente 5% das emissões de
CO2 de origem antrópica nomundo provêm da pro-
duçãode cimento. NoBrasil esse valor corresponde a
1,4%, de acordo comoúltimo InventárioNacional de
Gases de Efeito Estufa, divulgado em 2010. Por sua
vez, a previsão de demanda por cimento, principal-
mente nas economias emergentes como o Brasil, é de
aumentar substancialmente nas próximas décadas,
fazendo da gestão de carbono uma questão prioritá-
ria para o setor. A conclusão é que no Brasil hoje há
um parque industrial moderno e eficiente, com ins-
talações que operam com baixo consumo energético
e, consequentemente, uma menor emissão de CO2
quando comparado a outros países. Praticamente
todo o cimento no país é produzido por via seca, ga-
rantindo significativa diminuição do uso de combus-
tíveis em relação a outros processosmenos eficientes.
O Brasil também é o país que mais utiliza biomassa
na produção de cimento, também conforme levanta-
mento da CSI abaixo, com pouco menos de 12% de
participação na suamatriz energética.
Os pigmentados
Os pigmentos podem ser aplicados para tingir
artefatos de concreto como pisos intertravados, la-
drilhos, telhas, blocos, painéis pré-moldados e mo-
biliário urbano, como bancos de praça e lixeiras de
GivanildoFerreira, gerente regional de vendas e
marketingdaLanxess
MarisolOliveira, gerente comercial daMulticel
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