Revista ConstruChemical - Edição 20 - page 21

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
21
PIGMENTOSPARACONCRETO
do Grupo Tennants,
fato que fez aumen-
tar ainda mais a no-
toriedade e exper-
tise da Multicel no
setor. Hoje, inova e
se renova mais uma
vez, apresentando
ao mercado a sua
linha de dispersões
aquosas. São produ-
tos exclusivos que
irão ao encontro da
necessidade de cada
cliente”, diz Marisol
Oliveira, gerente co-
mercial.
Roque Antunes,
diretor demarketing
da Transcor, conta
que para se diferen-
ciar no segmento a empresa direciona materiais que
não geram um teor alto de sais solúveis, pois isso
facilita ainda mais a geração de eflorescência. “Para
isso até o tipo de água usada na mistura deverá ser
controlada, pois se houver alto índice de carbonata-
ção deverá resultar emuma coloração esbranquiçada
ou apagada”, explica.
AMicroxcolor, por exemplo, desenvolve o uso de
corantes à base de solvente para ser aplicado em con-
creto pronto de coloração clara a fim de conseguir
um tingimento por meio da penetração por capila-
ridade, podendo selar depois com um silicato. “Es-
tudamos também a confecção de stain, que é uma
aplicação posterior sobre o concreto pronto, reagin-
do para obter cores variadas”, avisa Ricardo de Lima,
químico e diretor técnico.
O engenheiroquímicoMohamedNabilMouallem,
diretor da Chemipol, comenta que a empresa procu-
ra transferir conhecimento sobre o uso adequado de
pigmentos: “Infelizmente o mercado brasileiro foi
trabalhado por anos incorretamente. Foram promo-
vidos tecnicamente certos pigmentos orgânicos que
jamais deveriam tingir qualquer tipo de produto
cimentício, seja ele concreto ou rejunte. Então, es-
clarecido ao nosso cliente quais os pigmentos mais
corretos para otingimento, oferecemos toda a gama,
principalmente inorgânicos.”
Ainda de acordo com Mohamed há uma opção
de tecnologia que a Chemipol procura passar para
aqueles produtos que são obtidos através da adição
de água. “AChemipol oferece aos clientes um estudo
que viabiliza o uso de pigmentos em pasta concen-
trada ao invés de pigmentos em pó. A possibilidade
de se obter um tempo de mistura bemmenor, uma
homogeneizaçãoperfeita e rápida bem como a repro-
dutibilidade de padrões de cores é facilmente visível”,
garanteMohamed.
Tendência de crescimento
Evidentemente há amplas alternativas de cresci-
mentono cenário cimenteiro.Mohamed acredita que
ainda émuito pobre a oferta de produtos coloridos e
há uma trivialidade permanente de cores ofertadas.
“Um grande empecilho para a elaboração de novos
padrões de cor são os limites dos fabricantes que não
conseguem superar a dificuldade para estabelecer re-
produtibilidade de cor. Devem estabelecer padrões
rígidos de cor nos outros componentes, quer sejam
areia, cimento comum, cimento branco, pedriscos
entre outros. Devemos superar a ideia de que quem
dá a cor é o pigmento. O correto é atribuir a cor ao
somatório das cores dos componentes do concreto”,
ressalta.
Na opinião do gerente técnico da Aromat, mun-
dialmente é uma tendência que sistemas construtivos
utilizem pigmentos, uma vez que a cada dia novos
revestimentos que buscamumamenor complexidade
durante a aplicação são lançados. Ferreira lembraque
o uso do pigmento no Brasil começou a se intensifi-
car a partir de 1996, “ano em que a Lanxess adquiriu
uma fábrica de pigmentos inorgânicos na cidade de
Porto Feliz, interior de São Paulo. Nesse momento,
menos de 5% das vendas de pigmentos inorgânicos
eram aplicadas à construção civil. De lá para cá, com
todos os esforços demercado, esse número cresceu e
hoje 40% das vendas aomercado são do segmento de
construção civil”, diz.
Mesmo assim, o executivo da Lanxess percebe que
há um grande potencial de crescimento: “Acredita-
mos ser possível chegar a 60%, como acontece em
países na Europa. É pensando neste potencial que a
Lanxess desenvolveu a campanha Colored Concrete
Works, que promove mundialmente projetos emble-
máticos executados em concreto integralmente colo-
rido, transformando-os em estudos de caso, que são
disseminados em escritórios de arquitetura.”
A demanda no Brasil por concreto colorido, ex-
plica Marisol, vem crescendo, já que dispensa os
gastos com pintura nas aplicações em pisos, calçadas
e fachadas. Antunes alerta que ainda estamos muito
distantes da realidade praticada hoje tantona Europa
quanto na América do Norte. “Contudo nossos
volumes de pisos intertravados e de concreto colori-
do vêm crescendo gradativamente. Certamente 2015
não será um ano como uma boa referência, mas o
crescimento já se faz presente pelo menos nos últi-
mos cinco anos” indica.
EngenheiroquímicoMohamedNabil
Mouallem, diretor daChemipol
1...,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20 22,23,24,25,26,27,28,29,30,31,...52
Powered by FlippingBook