Revista ConstruChemical - Edição 16 - page 14

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Hiperplastificantesesuperplastificantesparaconcreto
linhadeprodutos
Históriadosuperplastificante
PorGeniclesioSantos, coordenador técnico -TargetMarketingConcrete daSikaBrasil
No início do século XX, antes, durante e depois da
Primeira Guerra Mundial, o concreto já era um dos
materiais de construção mais consumidos no mundo
e, neste período de grandes construções e reconstru-
ções, chegaram os primeiros usos de aditivos plastifi-
cantes, comosprincipais componentesquímicos sendo
o ligno-sulfonato de sódio e gluconato de sódio. Esses
aditivos revolucionaram as construções em concreto.
Como a diferença entre um aditivo plastificante e um
superplastificante está o potencial de redução da água
de amassamento; estes mesmos aditivos plastificantes
podem ser chamados de superplastificantes caso se
aumente a dosagem e consequentemente seu efeito re-
dutor de água. Entretanto, esta ação gerava efeitos co-
laterais, como o retardo excessivo ou a segregação do
concretoe, por isso, sempre foramusados apenas como
plastificantes estas bases químicas daprimeira geração.
Por volta dos anos 60 e 70 do século passado, no-
vas matérias-primas começaram a ser utilizadas como
aditivos plastificantes, e como aumentodadosagemos
tornava superplastificantes, quenãomaispassavampe-
los efeitos colaterais. Nasciam os superplastificantes de
segunda geração à base de naftalenos sulfonados e as
melaminas sulfonadas. Em ambas as gerações, as ma-
térias-primas proviam de rejeitos de processos indus-
triais, assim a oferta de cada matéria-prima dependia
diretamente de outros mercados, como a indústria da
celulose e a indústriapetroquímica.
No limiar entre os séculos XX e XXI, o mundo da
tecnologia do concreto se viu surpreso com uma ma-
téria-prima não proveniente de resíduos de outras in-
dústrias e, sim produzida com a finalidade de desem-
penhar um papel fundamental no concreto; nascia os
poliéter carboxilato (PCE, sigla em inglês). Essa nova
possibilidadepermitia reduzir aindamais aquantidade
de águado concreto, alémdemudar o comportamento
reológicodomesmo e por ser a terceira geraçãode ba-
ses químicas são conhecidos como superplastificantes
de terceira geração ou de última geração, mas não hi-
perplastificante, como até seria sugestivode se chamar.
ANBR 11768/ 2011, para resolver o conflito entre
“super” e “hiper”, adotou o seguinte critério: redução
de água de até 20%, aditivo superplastificante Tipo I;
redução de água acima de 20%, aditivo superplastifi-
cante Tipo II. Com isso, a ABNT resolveu um grande
problema de nomenclatura e tornou consenso de que,
independentemente da base química, o aditivo é clas-
sificado pelo seu desempenho. Ainda não existe uma
quarta geração, mas estudos avançam nesse sentido.
Vamos esperar para ver!
BASF
ABASFpossuiemseuportfóliohiperplastificantesesuperplastificantesparaconcreto.“OMasterGleniuméumhiperplastificante
àbasedeéterpolicarboxilatomodificado.Devidoàsuaquímicadiferenciada,consegueresultadosbemsuperioresaossuperplastifi-
cantesàbasedenaftalenoemelamina.A tecnologiaMasterGleniumconsisteemumpoderosodispersantequeaumentaaeficiência
dahidrataçãodocimento.Devidoaesteefeitodispersante, a linhaMasterGleniumpossui umaexcepcional capacidadederedução
deágua. Indicadoparadesenvolvimentodeconcretosdealtodesempenhoedealtaresistência,concretosmaisduráveisecombaixa
retraçãoplástica epara concretos autoadensáveis. Exemplos:MasterGlenium51,MasterGlenium SKY150,MasterGleniumACE
401”,destacaHenriques.
Jáossuperplastificantessãoprodutoscombasequímicadenaftaleno-sulfonato.“Propiciamaoconcretoaltasresistênciasiniciaise
facilidadeno lançamento.Exemplos: MasterRheobuild1000(para fabricaçãodeconcretosreoplásticosondesenecessitabaixo fator
A/C e altafluidez);MasterRheobuild561 (aditivo superplastificante retardadordepega, livrede cloretos). Também temos: Rheo-
build1000B(recomendadoparausoemtodosostiposdeconcretoondesedesejaaltareduçãodaáguadeamassamentosemaltera-
çãono tempodepega);MasterRheobuild901 (aditivosuperplastificanteacelerador, livredecloretos, recomendadopara fabricação
deconcretosdealtodesempenhoemqueénecessáriobaixo fatorA/C*ealtafluidez); eoMasterRheobuild1000B (compostopor
componentesqueatuamcomodispersantesdomaterialcimentício,propiciandosuperplastificaçãoealtareduçãoágua, recomenda-
dopara fabricaçãodeconcretosreoplásticosondesenecessitabaixo fatorA/C*ealtafluidez)”, ressaltaHenriques.
SegundoHenriques, todososprodutosdaBASFsãodesenvolvidoscomtecnologias inovadoras,combinandosolidezeconômica,
responsabilidadesocialeproteçãoambiental.“DesenvolverprodutosesoluçõessustentáveiséumdosvaloresdentrodaBASF.Como
maiorexemplo, temosoprojetodaCasaEnoBrasil, onde sãoutilizadosprodutose soluçõesconstrutivas sustentáveis.Esseprojeto
reúne emumúnico espaço tecnologias desenvolvidas pelaBASFpara atender aos desafios atuais da construção, comodemanda
energéticaeproteçãoclimática”, conclui.
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